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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

FMI eleva projeções para crescimento mundial, mas reduz para Brasil

Pablo Uchoa

Atualizado em  21 de janeiro, 2014 - 14:20 (Brasília) 16:20 GMT
Economia brasileira. ABr
FMI revisou para baixo previsão para 2014, para 2,3%; em 2015, Brasil deve crescer 2,8%
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê o fortalecimento da economia global em 2014, com um crescimento médio de 3,7%, maior que os 3% de 2013. Já para o Brasil, o fundo revisou para baixo mais uma vez as previsões de crescimento.
O Fundo prevê que o Brasil crescerá 2,3% este ano e 2,8% em 2015, segundo as projeções do relatório Panorama Econômico Mundial, divulgadas nesta terça-feira.
Estes números se aproximam das expectativas de analistas de mercado, que apostam em taxas de 2% neste ano e 2,5% no próximo, segundo o último boletim Focus, do Banco Central, divulgado na semana passada.
A boa notícia do relatório é que a economia mundial está se fortalecendo: para o Fundo, a economia mundial crescerá 3,7% neste ano, contra 3% em 2013. Entre os emergentes, o crescimento deve chegar a 5,1% neste ano, comparado a 4,7% em 2013.
O diretor de Pesquisa do Fundo, Olivier Blanchard, disse em entrevista coletiva em Washington que este fenômeno já era esperado: a economia americana está voltando a crescer (deve avançar 2,8% este ano e 3% no próximo), outros países avançados se recuperam das medidas de austeridade adotadas no passado e o sistema financeiro internacional se recupera da crise iniciada em 2007.
Porém, disse Blanchard, ainda se trata de uma recuperação “frágil e desigual”: mais robusta nos EUA que na Europa, pior no sul da Europa, e díspar nos países emergentes.
Nestes últimos, o Fundo revisou para cima as projeções para a China e a Índia, por conta de aumentos no investimento no primeiro e reformas estruturais para apoiar os investimentos no segundo.

Brasil

Entretanto, para o Brasil o Fundo continuou reduzindo as previsões, trazendo-a para patamares mais próximos das expectativas do mercado.
Blanchard disse crer que o principal problema da economia brasileira seja o baixo investimento – portanto a importância de medidas para elevar estes patamares, como as parcerias público-privadas.
O país enfrenta gargalos de oferta para substituir o modelo econômico baseado no consumo doméstico – modelo adotado, acertadamente na visão do Fundo, para combater os efeitos da crise econômica.
No campo financeiro, a inflação, que continua próxima do teto da meta, restringe as ferramentas do país para lidar com os possíveis efeitos da redução dos estímulos monetários anunciada nos EUA.
Embora esse processo deva ocorrer gradativamente, há temores de que as medidas tornem a economia americana mais atraente para os capitais internacionais, levando os investidores a retirar seus recursos das economias emergentes.
Para conter esses efeitos, o país tem sido elogiado por manter o câmbio flexível.
No setor externo, a balança comercial brasileira deve ser apenas parcialmente beneficiada pela recuperação global, pois os preços das commodities exportadas pelo Brasil, como petróleo e minérios, devem continuar mais baixos que na década passada.

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