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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Nova terapia cria "super-pais" e melhora condição de crianças autistas

James Gallagher

BBC News

Louisa com seu filho Frank
Image captionLouisa e seu filho Frank passaram por tratamento inovador de autismo

Dar a mães e pais as habilidades para se tornarem "super pais" pode melhorar consideravelmente a condição de vida de crianças autistas, aponta um estudo publicado na revista científica The Lancet.


O estudo é focado em crianças com nível avançado de autismo, que muitas vezes não conseguem se comunicar com os pais. Segundo especialistas, os resultados do treinamento sugerido na pesquisa são "extremamente animadores".

Nele, os pais assistiram a imagens gravadas de si mesmos brincando com seus filhos enquanto especialistas davam dicas sobre como ajudar as crianças a se comunicarem.

"O que é impressionante é o retorno", diz Louisa Harrison, que passou pelo treinamento e acompanhou uma enorme mudança em seu filho Frank.

"Você sente como se estivesse sendo realmente treinada por essas pessoas que confiam no seu julgamento sobre o que funciona com a criança."

Experimento

O tratamento foi testado por 152 famílias que recentemente haviam recebido o diagnóstico de autismo em crianças com cerca de 3 anos. Geralmente os sintomas pioram conforme o avanço da idade.

Metade das famílias usaram terapias tradicionais. Cerca de 50% das crianças dessas famílias tinham autismo avançado no começo do tratamento. Seis anos mais tarde, a porcentagem de crianças com autismo severo no grupo aumentou para 63%.

O oposto aconteceu com as famílias que receberam o treinamento intensivo. Nesse grupo, 55% das crianças tinham autismo avançado, uma taxa que caiu para 46% depois de seis anos de tratamento.

Para o principal autor do relatório, Jonathan Green, professor de psiquiatria da Universidade de Manchester, os resultados são "extraordinários".

No entanto, Green sublinhou que não é uma cura. "As crianças que demonstraram melhoria continuaram com outros sintomas de autismo", disse à BBC.

O que o estudo apontou é que trabalhar com os pais pode trazer resultados a longo prazo, segundo o psiquiatra. "Sugere que o que eles conseguiram implantar na família foi mantido até mesmo depois do tratamento, o que é bastante promissor."
Uma lâmpada de ruaImage copyrightTHINKSTOCK
Image captionFrank, um menino britânico com autismo, gosta de assistir às lâmpadas de sua rua se acendendo


Para Louisa e seu filho Frank, seu progresso utilizando o método foi marcado por lâmpadas de postes. "Ele adora assistir aos postes de luz acendendo na nossa rua", conta.

"Alguns anos atrás, era uma interação silenciosa entre nós, mas agora ele puxa assunto. 'Mamãe, mamãe, olha, eles estão indo em uma ordem diferente'", afirma a mãe. "Se você me dissesse que ele diria uma frase dessas há quatro anos eu teria chorado."

O objetivo dos pesquisadores era simples: melhorar os cuidados dos pais para melhorar as habilidades sociais da criança.

"Nós pegamos a interação dos pais com a criança e a levamos para um nível 'super'", disse Catherine Aldred, terapeuta e consultora de linguagem e fala. "Essas crianças precisam de algo além de 'bom o bastante', elas precisam de algo excepcional."

Passo a passo

Só que ser excepcional dá trabalho. Primeiro, os pais foram filmados enquanto brincavam com a criança, que poderia estar sentada, brincando sozinha.

Em seguida, os pesquisadores mostraram aos pais os momentos - facilmente perdidos - em que a criança se aproxima dos pais para brincar.

O próximo passo foi trabalhar junto com os pais e com especialistas de comunicação as habilidades necessárias para aproveitar ao máximo esses breves momentos.

Pouco a pouco, as crianças começaram a falar mais. "Você percebe coisas que não perceberia em tempo real. Coisas como esperar, dar a Frank tempo o bastante para se comunicar e comentar em vez de questioná-lo, o que o pressiona para responder", conta Louisa.

"O poder dessa terapia é o fato de que se estende além da hora que você passa na sala do terapeuta porque vai para dentro de casa. É implementado na vida familiar e no jeito como você se comunica com seus filhos", disse Adumea, cujo filho Kofi, de 12 anos, também participou do experimento.

Casos globais
Como Pokémon Go transformou vida de jovem autista que não conseguia sair de casa


Uma em cada cem pessoas desenvolve algum tipo de autismo no Reino Unido. Mas não há tratamento com remédios para o transtorno e muitas famílias acabam indo atrás de charlatões.

No Brasil, estima-se que são 2 milhões de casos, ainda que não existam dados oficiais, e sim uma estimativa baseada em números internacionais.

Outro problema é que apenas 10% dos casos são diagnosticados no Brasil, segundo estimativas do Programa de Transtornos do Espectro Autista do Instituto de Psiquiatria do HC de São Paulo.

Fonte http://www.bbc.com/portuguese/geral-37773258

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Nascida duas vezes: bebê é retirada de útero, operada, e colocada de volta por mais três meses

Nascida duas vezes: bebê é retirada de útero, operada, e colocada de volta por mais três meses

Lynlee BoemerImage copyrightPAUL V. KUNTZ/TEXAS CHILDREN'S HOSPITAL
Image captionLynlee Boemer teve de ser retirada do útero de sua mãe para uma cirurgia vital

Nascer costuma ser uma experiência única e irreplicável, mas não foi assim com Lynlee Boemer. A bebê de Lewisville, no Estado do Texas, "veio ao mundo" duas vezes.

Primeiro, quando pesava apenas 530 gramas. Ela foi retirada do útero de sua mãe por 20 minutos para uma cirurgia vital após um ultrassom de rotina na 16ª semana de gestação revelar um tumor na sua coluna.

Esse tumor, teratoma sacrococcígeo, vinha competindo com o feto por sangue - e elevando seu risco de ter uma falência cardíaca.

A mãe de Lynlee, Margaret Boemer, estava esperando gêmeos, mas perdeu um dos bebês no primeiro trimestre de gravidez. Quando veio o diagnóstico do bebê sobrevivente, os médicos recomendaram que ela interrompesse a gestação por completo.

Porém, havia uma opção: uma arriscada cirurgia que que seria a vida ou morte para a criança. A bebê teria 50% de chances de viver.
Margaret Boemer com Lynlee e suas duas filhas mais velhasImage copyrightPAUL V. KUNTZ/TEXAS CHILDREN'S HOSPITAL
Image captionMãe de duas meninas, Margaret Boemer descobriu que sua 3ª filha tinha um tumor na coluna quando a gestação estava na 16ª semana


O tumor e Lynlee tinham quase o mesmo tamanho quando a operação foi realizada, na 23ª semana de gestação.

"A escolha era entre deixar o tumor fazer o coração dela parar ou dar a ela uma chance de vida", diz Margaret. "Foi uma decisão fácil: escolhemos dar vida a ela."
'Seu coração parou'

O teratoma sacrococcígeo é o tipo mais comum de tumor encontrado em bebês, segundo o médico Darrel Cass, que fez parte da equipe do Hospital Infantil do Texas que operou Lynlee.

Ainda assim, é bastante raro, sendo registrado em um a cada 30 mil a 70 mil nascimentos. Sua causa é desconhecida, e é quatro vezes comum em meninas que em meninos.

Cass disse que o tumor de Lynlee era tão grande que foi necessária uma incisão "enorme" para retirá-lo. Em dado momento, o coração da bebê parou de funcionar e um especialista a manteve viva enquanto a maioria do tumor era retirado.

Ao fim do procedimento, ela foi colocada de volta no útero de sua mãe. Margaret passou 12 semanas em total repouso, e Lynlee "nasceu pela segunda vez" em 6 de junho, através de uma cirurgia cesariana feita próximo do fim da gravidez.

Ela veio ao mundo saudável e pesando 2,4 kg. O nome, Lynlee, é uma homenagem às suas avós.

Aos oito dias de vida, teve de ser operada de novo para remover o restante do tumor de seu cóccix. Hoje, está em casa e se recupera muito bem, segundo seu médico.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Hubble revela que Universo tem dez vezes mais galáxias do que se pensava

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
Existem ao menos 2 trilhões de sistemas estelares no Universo observável, diz estudo

POR O GLOBO
13/10/2016 14:38 / atualizado 13/10/2016 17:00

O Universo observável possui galáxias que não são captadas pelos telescópios atuais - ESA/Hubble & NASA

RIO — De repente, o Universo se tornou muito mais povoado. Uma análise de imagens captadas pelo telescópio espacial Hubble e outros grandes observatórios concluiu que existem ao menos 10 vezes mais galáxias do que se pensava. Agora, estima-se que existam, no mínimo, 2 trilhões de sistemas estelares espalhados pelo espaço observável.

O estudo, liderado por Christopher Conselice, da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, descobriu que num determinado volume de espaço no início do Universo existiam dez vezes mais galáxias do que o encontrado hoje. Muitas delas são relativamente pequenas, com massas similares às galáxias satélites próximas da Via Láctea. Ao longo do tempo, elas se fundiram com sistemas maiores, reduzindo a densidade. Os resultados foram publicados nesta quinta-feira no periódico “Astrophysical Journal”.

— Esses resultados são evidências poderosas de que uma evolução significativa das galáxias aconteceu ao longo da história do Universo, que reduziu dramaticamente o número delas por meio de fusões — explicou Conselice.

Uma das questões fundamentais da Astronomia é quantas galáxias existem no Universo. O estudo Hubble Deep Field, realizado na metade dos anos 1990, trouxe a primeira resposta para esta pergunta. Observações subsequentes como o Hubble Ultra Deep Field revelaram ainda mais sistemas, que levaram a uma estimativa de aproximadamente 100 bilhões de galáxias.

Conselice e sua equipe chegaram a conclusão que essa estimativa não está correta convertendo dados coletados pelo Hubble e outros observatórios em imagens tridimensionais, para fazer a contagem no número de galáxias em diferentes épocas da história do universo. Além disso, usaram modelos matemáticos, que permitiram a inferência da existência de galáxias que a geração atual de telescópios não conseguem observar.

Isso levou à surpreendente conclusão de que o número de galáxias que nós vemos representa apenas 10% do número total existente no Universo observável, todas muito distantes ou fracas para serem vistas com a nossa tecnologia. Essas pequenas galáxias do passado distante se uniram a outras maiores ao longo do tempo, que hoje nós podemos observar.

— Confunde a mente saber que mais de 90% das galáxias no Universo não foram estudadas. Quem sabe quais propriedades interessantes nós vamos encontrar quando descobrirmos esses sistemas com as futuras gerações de telescópios — disse Conselice. — No futuro próximo, o James Webb Space Telescope será capaz de estudar essas galáxias mais fracas.

O número decrescente de galáxias com a progressão do tempo contribui para a solução do paradoxo de Olbers, que questiona por que o céu noturno tem espaços pretos se o Universo contém numero infinito de estrelas.

A nova descoberta conclui que cada pedacinho do céu é povoado por galáxias, entretanto, a luz emitida por grande parte delas é invisível para o olho humano, graças a fatores que reduzem sua visibilidade e sua luz ultravioleta. Esses fatores são a vermelhidão da luz ligada à expansão do espaço, a natureza dinâmica do Universo e a absorção da luz por poeira e gases. Tudo isso contribui para o céu negro durante a noite.



Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/hubble-revela-que-universo-tem-dez-vezes-mais-galaxias-do-que-se-pensava-20282994#ixzz4N0h4JIzX
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quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Veja as mudanças com a PEC dos Gastos Públicos


Líria Jade - do Portal EBC

A proposta de emenda à Constituição que impõe um teto aos gastos públicos (PEC 241) passou por sua primeira votação na Câmara dos Deputados na segunda-feira (10). O texto-base foi aprovado em primeiro turno de votação, mas para começar a valer precisará ser aprovada em segundo turno e depois ser submetida ao Senado. O objetivo da proposta, segundo governo, é o reequilíbrio das contas públicas.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse nesta terça-feira (11) que a previsão para a votação em segundo turno da PEC do Teto dos Gastos Públicos é 24 ou 25 de outubro.

Entenda a proposta:
O que propõe a PEC 241?
A PEC do teto de gastos, proposta pelo governo federal, tem o objetivo de limitar o crescimento das despesas do governo. Considerado pelo governo Michel Temer como o primeiro passo para superar a crise econômica e financeira do país, a medida fixa para os três Poderes, Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União um limite anual de despesas.

Por que o governo quer limitar os gastos?A equipe econômica para tentar reequilibrar as contas públicas nos próximos anos e impedir que a dívida do setor público, que atingiu 70% do Produto Interno Bruto (PIB) em agosto, aumente ainda mais.

Para quem vale a limitação do teto dos gastos públicos?
A regra vale tanto para gastos do Executivo quanto para despesas do Senado, Câmara, Tribunal de Contas da União, Ministério Público da União (MPU), Conselho do MPU, Defensoria Pública, Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, Conselho Nacional de Justiça e justiças do Trabalho, Federal, Militar, Eleitoral e do Distrito Federal e Territórios.

Como é calculado esse limite de gastos?
Segundo a medida, o governo, assim como as outras esferas, poderão gastar o mesmo valor que foi gasto no ano anterior, corrigido pela inflação. Ou seja, tirando a inflação, o limite será o mesmo valor do ano que passou. A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é a desvalorização do dinheiro, quanto ele perde de poder de compra num determinado período. Apenas para 2017 o limite orçamentário das despesas primárias – aquelas que excluem o pagamento de juros da dívida – será o total gasto em 2016 corrigido por 7,2%. De 2018 em diante, o limite será o do ano anterior corrigido pela variação do IPCA de 12 meses do período encerrado em junho do ano anterior. No caso de 2018, por exemplo, a inflação usada será a colhida entre julho de 2016 e junho de 2017.

Qual será a duração da medida?
O texto limita por 20 anos os gastos federais ao orçamento do ano anterior corrigido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Ela poderá sofrer alterações?
A partir do décimo ano de vigência do novo regime fiscal, o presidente da República pode propor um projeto de lei complementar para alterar o método de correção dos limites de cada grupo de órgão ou poder. O texto permite apenas uma alteração do método de correção por mandato presidencial.

Quais serão as consequências caso o limite não seja cumprido?
Caso o limite de crescimento de gastos seja descumprido, Poderes ou órgãos a eles vinculados ficarão impedidos no exercício seguinte de: reajustar salários, contratar pessoal, fazer concursos públicos (exceto para reposição de vacância) e criar novas despesas até que os gastos retornem ao limite previsto pela PEC.

No caso do Poder Executivo, a extrapolação de seu limite global provocará a proibição adicional de criar ou expandir programas e linhas de financiamento ou o perdão, renegociação ou refinanciamento de dívidas que causem ampliação de despesas com subsídios e subvenções.

Além disso, o governo também não poderá conceder ou ampliar incentivo ou benefício de natureza tributária.

A medida se aplica para todos os tipos de gastos do governo? O que fica de fora?
Ficarão fora dos limites, entre outros casos, as transferências constitucionais a estados e municípios, os créditos extraordinários para calamidade pública, as despesas para realização de eleições e os gastos com aumento de capital das chamadas empresas estatais não dependentes.

Outra possibilidade de exclusão do teto é o uso de recursos excedentes ao resultado primário de cada ano no pagamento de restos a pagar registrados até 31 de dezembro de 2015.

Assim, mesmo com a previsão de um deficit, como o projetado para 2017, de cerca de R$ 139 bilhões, se ele for menor, a diferença poderá ser usada para quitar esses restos a pagar sem entrar no limite do regime fiscal.

Como ficam os gastos com saúde e educação?
Diferentemente de outras áreas, saúde e educação tiveram o limite traçado pelo mínimo a ser gasto e não o máximo das despesas. Em 2017, haverá exceção para as áreas de saúde e educação, que somente passarão a obedecer ao limite a partir de 2018, segundo o governo. Pelo texto, o piso para os dois setores passa a obedecer ao limite de despesas ligado à inflação a partir de 2018. Atualmente, a Constituição especifica um percentual mínimo da arrecadação da União que deve ser destinado para esses setores.

Em 2017, o parecer prevê, no caso da saúde, percentual de 15% da receita líquida, que, segundo a Emenda Constitucional 86, só valeria em 2020. No caso da educação, o piso constitucional foi mantido em 18% da arrecadação de impostos. De 2018 em diante, o valor executado no ano anterior será corrigido pelo IPCA até 2036.

Qual o impacto da medida sobre o salário-mínimo?
No relatório apresentado à comissão especial que analisou a PEC na Câmara, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) afirmou em seu parecer que a proposta prevê que o salário-mínimo, referência para mais de 48 milhões de pessoas, deixará de ter aumento real, aquele acima da inflação se o governo ultrapassar o limite de despesas, ou seja, gastar mais do que o fixado na lei.

Como ficam os concursos públicos?
Ricardo Volpe disse que, pela PEC, Judiciário e Legislativo têm “gordura para queimar” e estão em situação confortável, inclusive para promoverem novas contratações por concurso público. A exceção seriam os “mais gastadores”, como a Justiça do Trabalho. Já o Executivo ficaria dependendo de outras medidas de ajuste fiscal para se manter com a atual estrutura.

O que diz quem apoia o projeto?
Diretor da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara, Ricardo Volpe diz que o único ponto em que todo o impasse é sobre a visão do papel do Estado. “Hoje estamos com o maior histórico de despesa publica, com 20% do PIB. A gente quer que continue crescendo ou quer que diminua ou estabilize?”, questionou. Ricardo Volpe, que ajudou a elaborar a proposta, assegura que o ajuste fiscal é inevitável, mas é uma escolha da sociedade.

Deputados da base aliada saíram em defesa da proposta do Planalto, no dia da votação, argumentando que a medida é parte da solução para resolver a crise fiscal deixada pelos governos petistas. "Esta PEC é apenas o começo das reformas", discursou Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR).

O líder do PMDB, deputado Baleia Rossi (SP), argumentou que a aprovação da PEC é necessária para a reação da economia. “Esse novo regime fiscal vai devolver credibilidade ao país, o que será muito importante para os próximos desafios, para a geração de novos empregos, para garantir trabalho e renda para a população”, disse.

O que diz quem é contra o projeto?
Contrários à PEC, deputados de partidos de oposição, como PT, PSOL, Rede, PCdoB e PDT, afirmaram que a medida congelará os investimentos sociais em áreas como saúde e educação. Líder da Rede na Câmara, o deputado Alessandro Molon (RJ) classificou a PEC de injusta com o país. Os protestos contra a PEC 241 não vieram apenas da oposição. Integrante do PTB – partido da base aliada de Temer –, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) subiu à tribuna para criticar duramente a proposta do governo federal.

A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), disse que esse é o segundo momento mais grave da democracia brasileira, depois do impeachment. “É o desmonte do Estado e do sistema de proteção social do brasileiro. Teremos mais contração, mais recessão e mais desemprego”, disse.
Edição: Liria Jade

terça-feira, 11 de outubro de 2016

5 métodos para controlar a dor com a mente

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA


Homem se concentra para tentar melhorar dor de cabeçaImage copyrightTHINKSTOCK
Image captionConheça métodos para controlar as dores, que podem afetar a qualidade de vida significativamente

Apesar de produzir uma sensação física, a dor vai muito além. Ela é fruto de uma relação do corpo e a mente, e é influenciada também por diversos fatores externos.
De acordo com a universidade americana Harvard Medical School, a maneira como se sente a dor tem a ver com as emoções, personalidade, estilo de vida, genética e as experiências anteriores.
Se a pessoa tiver sido exposta à dor durante um longo período de tempo, o cérebro pode ter sido modificado para receber sinais de problemas, mesmo quando eles não existem.
No caso da fibromialgia - uma doença em que o principal sintoma é uma dor generalizada que pode ser sentida por todo o corpo - o componente emocional tem um peso importante, segundo o Serviço Nacional de Saúde Pública do Reino Unido.
O desconforto é contínuo: as sensações de dor, ardência e queima estão presentes constantemente, embora possam melhorar ou piorar em momentos diferentes.

Alternativa mais saudável

Uma maneira de lidar com condições crônicas, ou quase qualquer outra doença física, é mudar a percepção mental de dor.
Isto aumenta o limite de tolerância e, assim, reduz a necessidade de medicamentos que podem causar efeitos colaterais e até mesmo dependência.
Por isso, a Harvard Medical School recomenda uma série de técnicas mentais para ajudar a combater a dor.
Os estudos científicos mostram que estas terapias alternativas têm sido eficazes no alívio da dor de cabeça e a fibromialgia.

1 - Atenção plena

"Esta técnica envolve basicamente focar no presente, sem julgamento", diz o neurocientista Sara Lazar, Massachusetts General Hospital.
Para muitos, o primeiro impulso à dor é tentar se desligar de qualquer maneira.
Ao usar a atenção plena para controlar a dor, no entanto, o que se busca é aproximar a sensação e aprender a conhecê-la "assistindo-a" objetivamente.
A idéia é concentrar-se no momento em que ele você está vivendo, evitando preocupações passadas e futuras.
Tem-se que considerar os seguintes elementos: Onde começa o que se sente? Isso muda com o passar do tempo? Como você pode descrever?

2 - A respiração profunda

Esta técnica é fundamental para o resto das alternativas que podem ser usadas ​​para ajudar a controlar a dor.

Mulher faz exercício de concentraçãoImage copyrightTHINKSTOCK
Image captionUma das técnicas para esquecer a dor é respirar e concentrar-se

Trata-se de respirar profundamente por alguns segundos e depois expirar.
Para ajudar a manter a concentração e ritmo da respiração, podem ser usadas palavras ou frases. Por exemplo, cada vez que você respira, você pode dizer "bem-vindo, relaxamento". Ao expirar, "adeus, negatividade."

3 - Meditação e visualização

Neste caso, o processo inicia-se prestando-se atenção à respiração seguindo a técnica ensinada acima.
Isso é feito em uma atmosfera de relaxamento completo, sem ruídos ou estímulos que possam distrair, como música de fundo.

Árvores e montanha formam ambiente relaxanteImage copyrightTHINKSTOCK
Image captionPensar em lugares que lembram tranquilidade e paz é uma das armas para combater a dor

Além disso, você pode pensar em um lugar que está associado com tranquilidade, paz e prazer. Uma praia com o som das ondas. Pássaros cantando em uma paisagem bucólica.
Se a mente se distrair e começar a pensar em outras coisas, traga de volta a imagem que causa tranquilidade.

4 - Concentração e positividade

Escolher uma atividade que você gosta é outra opção. Pode ser qualquer coisa que gera prazer: leitura de poesia, fazer caminhadas em espaços verdes, culinária ou dedicar-se à jardinagem.
O objetivo é concentrar-se de forma absoluta no que você está fazendo e prestar atenção nos mínimos detalhes, observando como os sentidos reagem e quais são as sensações que você sente.

Vasos de plantas e chapéu para jardinagemImage copyrightTHINKSTOCK
Image captionSe dedicar a uma atividade que faça sentir prazer, como a jardinagem, pode ajudar a afastar dor

Quando uma pessoa não está bem, muitas vezes pensa apenas no que não pode fazer.
Direcionar a atenção para o que pode fazer ajuda a parar de pensar na dor. Ter um diário e registrar regularmente as razões ou coisas de que você gosta, é uma maneira de fazer isso, explica a professora de psiquiatria do Harvard Medical School, Ellen Slawsby.

5 - Gerar a resposta de relaxamento

É o antídoto para o estresse que gera a dor. Permite controlar o aumento da frequência cardíaca e as reações do corpo, que entra em alerta com estresse.
Neste caso, a primeira coisa a fazer é fechar os olhos e relaxar todos os músculos do corpo.
Em seguida, prestar atenção na respiração. Se os pensamentos começam a aparecer, devemos recorrer à palavra "recarga" para voltar a concentrar na respiração.
Neste processo, passaram-se de ​​10 a 20 minutos. Posteriormente, permita o retorno dos pensamentos. Finalmente, abra os olhos.

Fonte http://www.bbc.com/portuguese/internacional-37604261