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domingo, 14 de abril de 2013

Primeira mulher a receber transplante de útero está grávida


Gravidez apresenta riscos, mas estado de saúde da mãe é bom.
Turca Derya Sert recebeu o transplante em agosto de 2011.

Derya Sert, em imagem de quando recebeu o útero,
em 2011 (Foto: Stringer/AFP/Arquivo)

Uma jovem turca de 22 anos, a primeira mulher do mundo a receber um transplante de útero com êxito, está grávida, outro feito mundial, anunciaram seus médicos nesta sexta-feira (12).

"Os testes preliminares de duas semanas são compatíveis com uma gravidez", indicou, em um comunicado, o professor Mustafa Unal, médico-chefe do hospital universitário Akdeniz, em Antália.

Os médicos conseguiram implantar com sucesso no útero de Derya Sert varios embriões fecundados in vitro a partir de seus óvulos e de espermatozóides de seu marido.

"A saúde da paciente é boa", enfatiza o comunicado de seu médico.
Nascida sem útero, a jovem se converteu, em agosto de 2011, na primeira mulher a sofrer um transplante de útero com êxito.

Este transplante, realizado por uma equipe de médicos turcos em Antália, deu esperanças a milhares de mulheres no mundo. Uma em cada 5 mil mulheres nasce sem útero.

Médicos na Suécia realizam primeiro transplante de útero de mãe para filha
A gravidez de Derya Sert apresenta muitos riscos, mas se desenvolve de uma maneira normal, e a jovem deverá dar à luz por cesariana.

Seu útero deverá ser extraído nos meses seguintes ao nascimento para evitar complicações e risco de rejeição.


Fonte: France Presse
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/04/primeira-mulher-receber-transplante-de-utero-esta-gravida.html

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Ilha construída com garrafas PET é alternativa de sustentabilidade no Amazonas


A ideia inovadora, executada pelo administrador Rulian Holanda, promete mudar os conceitos de sustentabilidade na região

Você já pensou em morar em uma ilha feita a partir de garrafas PET ? A ideia inovadora, executada pelo administrador Rulian Holanda, promete mudar os conceitos de sustentabilidade na região. A partir do material reciclado, Holanda quer construir uma ilha artificial com espaço para arte, cultura e educação ambiental.  Para se ter uma ideia, até a água da ilha será reaproveitada das chuvas, com plantações orgânicas, um modelo de desenvolvimento sustentável sócio ambiental.
Ilha construída pelo ecologista inglês Richard Sowa no México (Foto: Divulgação)
Há aproximadamente dois anos, Rulian vem pesquisando sobre os resíduos sólidos, gerados pela cidade Manaus. Com a ajuda da Internet, encontrou uma nova destinação para as garrafas plásticas: construção de uma ilha artificial, parecida com a que foi desenvolvida no México, pelo ecologista britânico  Richard Sowa, que atualmente mora no local com a família.“Essa já é a segunda ilha que ele fez. A primeira passou por três furacões e se desmanchou. Ele insistiu na ideia e fez uma segunda ilha, em outra localização, utilizando 250 mil garrafas PET. Está há uns sete anos  vivendo no local”, diz Holanda.Seguindo os passos do ecologista britânico, o administrador reuniu parceiros para desenvolver e executar um projeto sócio ambiental, sem fins lucrativos. O modelo visa retirar do meio ambiente no Amazonas mais de um milhão de garrafas PET. O projeto recebeu o nome de “Ilha PET”.“Vai ser a maior ilha PET feita no mundo, e vai ter aproximadamente dois mil metros de área. Essa ilha não vai ser um local onde eu irei morar. Será um ponto de educação, um local que ao invés de você pagar  para entrar, terá que levar dez garrafas PET. Além disso, a população poderá conferir, dentro da ilha, um auditório. Lá promoveremos oficinas, workshops e isso vai ajudar a população para as práticas sustentáveis, como por exemplo, a reciclagem. Com certeza será um incremento na geração de renda , além de despertar a consciência ambiental”, conta o administrador.
Planta Baixa da Ilha Pet do Amazonas (Foto: Divulgação)
Processo de Construção da IlhaO Projeto Ilha PET é constituído por três fases. A primeira fase do projeto durou em torno de um ano e oito meses. Nessa fase foram ministradas palestras e oficinas realizadas em escolas e empresas, com um cadastro de voluntários.
Fase 1 – Campanhas em escolas, igrejas condomínios, comunidades, faculdades, eventos com objetivo não só de arrecadar garrafas PET, mas também de cadastrar voluntários para o projeto.
Fase 2 – Construção da Ilha PET, com mão de obra voluntária.
Fase 3 – Funcionamento da Ilha PET, com reaproveitamento de água da chuva, agricultura orgânica, energia solar, será voltada para a educação ambiental, através de palestras, oficinas de arte com PET e workshops.
Atualmente o projeto  está em transiçao para a segunda fase. “Daremos continuidade ao projeto, que é o processo de construção da Ilha PET, em fevereiro de 2013. Certamente teremos a cidade de Manaus mais limpa e sustentável”, destaca Holanda.PETDe acordo com a Associação Brasileira da Indústria do PET (ABIPET), o PET (Polietileno Tereftalato) é um poliéster, polímero termoplástico. É o mais resistente plástico para fabricação de garrafas, frascos e embalagens para medicamentos, líquidos, cosméticos. Demora mais de quatro décadas para se decompor. “As garrafas PET demoram até 400 anos para se decompor no meio ambiente. A minha preocupação surgiu quando vi que mais de 70% destas garrafas, vão parar em aterros sanitários, lixões, em rios, igarapés e nas vias públicas”, destaca o idealizador.“Já conseguimos trazer mais de 100 mil garrafas dos municípios de Balbina e Presidente Figueiredo. Em Manaus, através de nossas ações nas comunidades e escolas já recolhemos mais de 200 mil garrafas. Quem sabe futuramente, o interior do Amazonas, também passará a ser beneficiado”, explica Holanda.Segundo a Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet), 9 bilhões de unidades de garrafas plásticas são produzidas anualmente só no Brasil, das quais 53% não são reaproveitadas, contaminando rios, indo para lixões ou mesmo espalhadas por terrenos vazios das grandes cidades.Censo da Reciclagem A Reciclagem de PET é, no Brasil, uma atividade recente  do ponto-de-vista industrial. Desde 1994, a ABIPET procura mensurar este mercado e informar ao público sua atividade e desempenho. Também é tarefa da ABIPET estimular a reciclagem e o descarte adequado das embalagens pós-consumo, bem como oferecer as informações necessárias para que a indústria de embalagens possa produzir com a questão ambiental em foco, direcionada pela reciclabilidade das garrafas, frascos e outras embalagens de PET.

Clique aqui e conheça outros produtos que são feitos a partir da reciclagem do PETPara participar do Projeto Ilha PET ou doar garrafas plásticas, basta acessar a página no facebook  ou ligar para o Disk-PET: (92) 8114-4630 ou (92) 9262-0282.

Fonte: por Aldrin Pontes / Rádio Amazonas FMradar10@redeamazonica.com.br

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Expedição a aldeia indígena do Acre resulta em coleção de luminárias que será apresentada em Milão.

De tudo o que trouxe de inesquecível, a experiência de conviver, por duas semanas, com uma tribo indígena do alto Amazonas, o designer Paulo Biacchi, do estúdio Fetiche Design, de São Paulo, diz jamais se esquecer de um momento em particular: reunidos sob a cúpula de uma recém-criada luminária, os índios da tribo iauanauá celebravam um momento de intensa sintonia e comunhão.

“De repente, em meio à produção das fotos, sem nós combinarmos nada, eles e seu líder espiritual se reuniram sob a peça, que batizamos de Shohu. Por alguns minutos, eles ficaram embaixo dela, contando histórias e cantando. Deu pra ver a energia deles”, conta Biacchi, diante do inusitado objeto: uma espécie de oca pendente, em vias de ser embarcada rumo à Semana do Design de Milão, na Itália, o mais importante evento internacional do setor, que abre suas portas no dia 9 (leia mais no post: Admirável design novo).

“Não existe nada de exótico ou caricato nessas luminárias. Elas são fruto de um trabalho de criação conjunta com os iauanauás, com metas bem definidas: além de representar uma fonte de renda para os índios, elas carregam os valores e a cultura de seu povo. Trata-se de preservação, em sentido amplo”, argumenta o arquiteto e designer Marcelo Rosenbaum, mentor do projeto A Gente Transforma (veja entrevista no post: Nas trilhas da floresta).

Uma iniciativa que, em sua terceira edição, continua a perseguir o objetivo de posicionar o artesanato brasileiro no mercado internacional de decoração e que, desta vez, teve como cenário as aldeias de Nova Esperança e Amparo, redutos da etnia iauanauá, no Acre. “A partir de Rio Branco, são 15 horas de ônibus. Depois, mais 10 horas de voadeira (barco) até a aldeia. Dá mesmo para se sentir imerso na floresta”, conta o designer André Bastos, um dos convidados de Rosenbaum na sua expedição amazônica.

“Para partilharem comigo deste momento único de criação, convidei dois estúdios: o Fetiche Design, de Paulo Biacchi e Carolina Armellini, e o Nada se Leva, de André Bastos e Guilherme Leite. Dos primeiros, destaco a elegância do desenho. Do Nada, a preocupação com a finalização. Mas, dentro do espírito comunitário da aldeia, não houve espaço para individualismos. Trabalhamos de forma unida e integrada: nós e os 78 artesãos da comunidade”, pontua ele.

“Para desenvolver as luminárias, partimos de uma extensa pesquisa junto aos contadores das histórias dos iauanauás e entramos em contato com suas lendas, mitos e sonhos. Depois, identificamos os kenês: desenhos de animais e elementos naturais presentes em todo o universo da tribo, das suas tatuagens ao artesanato. São eles que serviram de base para a elaboração dos temas que compõem as nove luminárias de nossa coleção”, descreve Biacchi.

Uma vez concluído pelos artesãos locais, um consistente acervo de peças, em sua maioria feitas com miçangas – “o material faz parte do universo deles, desde a colonização”, pontua Rosenbaum –, viajou com o grupo de volta a São Paulo, onde tomou formato final nas oficinas da empresa de iluminação La Lampe. “Colocamos juntos sobre a mesa artesanato e lâmpadas, e rediscutimos tudo”, conta Bastos, diretor artístico da La Lampe, que vai comercializar as peças no Brasil e exterior.

Concebida como uma grande floresta, a exposição que desembarca no Palácio Giureconsulti, em Milão, no dia 9, pretende apresentar 213 peças, entre diferentes versões de abajures, pendentes, arandelas e luminárias tipo coluna. “O público vai se surpreender com o visual requintado de nossas peças. O Brasil é essa terra de sábios, de reis e rainhas. De saberes incríveis, de muita riqueza”, só falta nos darmos conta disso”, conclui Rosenbaum.



Fonte:
Foto: THIAGO CALAZANS/ DIVULGAÇÃO
Marcelo Lima – O Estado de S.Paulo