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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Presidente da OAB-DF quer impugnar registro de Joaquim Barbosa




O presidente da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF), Ibaneis Rocha Barros Júnior, apresentou uma impugnação ao pedido do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa de reativar sua inscrição na entidade. No documento, ele alega que Barbosa não teria "idoneidade moral" para pertencer aos quadros da OAB, exigência feita pelo Estatuto da Advocacia.

O pedido de impugnação cita sete episódios em que Barbosa teria desrespeitado o estatuto, com "atos e declarações contra a classe dos advogados". Um deles foi a declaração de março de 2013, durante uma sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sobre a existência de "conluio" entre advogados e juízes. Outro foi o posicionamento do ministro contra a criação de novos tribunais regionais federais, apoiada institucionalmente pela OAB. Em abril de 2013, Barbosa declarou que "os tribunais vão servir para dar emprego para advogados..."; "e vão ser criados em resorts, em alguma grande praia...".

Em mais um episódio citado, de maio de 2013, Barbosa disse, em tom de brincadeira, que "a maioria dos advogados acorda às 11h". O documento também relembra o dia em que Barbosa chamou seguranças para retirar da tribuna do STF o advogado Luiz Fernando Pacheco, que insistia em uma questão de ordem para que um pedido de seu cliente, o ex-deputado federal José Genoino, fosse julgado com prioridade. Rememora ainda a declaração do ex-ministro de que a oferta de trabalho do advogado José Gerardo Grossi ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, preso no processo do mensalão, seria uma "ação entre amigos".

Ontem, Barbosa apresentou à OAB-DF um pedido de reinscrição em seus quadros. A inscrição original era de 1980. O pedido será analisado pela Comissão de Seleção da OAB-DF, juntamente com a impugnação.

Fonte http://economia.uol.com.br/noticias/valor-online/2014/09/30/presidente-da-oab-df-quer-impugnar-registro-de-joaquim-barbosa.htm

Brasil é 3º em lista de maiores déficits em conta corrente de 2013, diz FMI

Alessandra Corrêa



Reuters
Aumento em déficits de algumas economias emergentes vem sendo registrado desde 2006

O Brasil aparece em terceiro lugar em uma lista de países com maiores deficits em conta corrente em 2013 elaborada pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).
Segundo dois capítulos do novo relatório World Economic Outlook('Perspectivas da Economia Mundial') divulgados nesta terça-feira pelo FMI, desde 2006 foi registrado aumento nos deficits - a diferença entre o que o governo gasta e o que arrecada - de algumas das principais economias emergentes, entre elas Brasil, Índia, Indonésia, México e Turquia, além de avançadas economias exportadores de commodities, como Austrália e Canadá.
De acordo com dados do Banco Central, em 2013 o Brasil registrou deficit de US$ 81,075 bilhões em suas transações correntes com outros países, equivalente a 3,6% do PIB (Produto Interno Bruto). Esse resultado foi o pior desde 2001.
No ranking das dez economias com maiores deficits em 2013 listadas pelo FMI, o Brasil está atrás apenas dos Estados Unidos (deficit de US$ 400 bilhões, ou 2,4% do PIB) e da Grã-Bretanha (deficit de US$ 114 bilhões, ou 4,5% do PIB).
Para 2014, o Banco Central prevê que o saldo negativo nas transações correntes fique em US$ 80 bilhões. No mês passado, o deficit em conta corrente do Brasil foi de US$ 5,489 bilhões. O acumulado em 12 meses é de 3,47% do PIB.
O Brasil também aparece em terceiro lugar na lista do FMI que reúne as maiores economias devedoras, atrás dos EUA e da Espanha, com passivo externo líquido de 33,4% do PIB em 2013.

Infraestrutura

Em outro capítulo do World Economic Outlook divulgado nesta terça, o FMI afirma que este é um bom momento para que países com necessidades de melhoras na infraestrutura impulsionem projetos do tipo.
O Fundo ressalta que os custos de endividamento estão em níveis baixos e há pouca demanda nas economias avançadas.
O documento cita o Brasil, ao lado de Índia, Rússia e África do Sul, como uma das economias emergentes nas quais gargalos de infraestrutura "não são apenas uma preocupação de médio prazo, mas foram sinalizados como uma limitação até para o crescimento de curto prazo".
"A infraestrutura pública é um fator essencial para a produção", diz o documento.
De acordo com o relatório, quando são realizados investimentos eficientes para satisfazer necessidades claramente especificadas, os projetos financiados com endividamento podem ter efeitos importantes na produção, sem provocar aumentos na relação entre dívida e PIB.
A divulgação dos capítulos do relatório ocorre às vésperas da reunião anual do FMI, marcada para a próxima semana, em Washington.
A divulgação completa do documento está prevista para 7 de outubro.

Fonte http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/09/140930_relatorio_fmi_deficit_ac

domingo, 28 de setembro de 2014

Cearense Melissa Gurgel é eleita a Miss Brasil 2014

28/09/2014 00h35 - Atualizado em 28/09/2014 01h03

Miss Brasil vai representar o país no Miss Universo nos Estados Unidos.
Candidatas se prepararam durante três meses para concurso no Ceará.

Do G1 CE
Cearense disputou o título com outras 26 garotas e vai representar o Brasil no Miss Universo, nos EUA (Foto: Lucas Ismael/Band/Divulgação)Cearense disputou o título com outras 26 garotas e vai representar o Brasil no Miss Universo, nos EUA (Foto: Lucas Ismael/Band/Divulgação)
Miss Ceará (Foto: Lucas Ismael/Band/Divulgação)Miss Ceará (Foto: Lucas Ismael/Band/Divulgação)
A  cearense Melissa Gurgel, 20 anos, foi eleita neste domingo (28) a Miss Brasil 2014. Ela disputou com outras 26 garotas a coroa de mulher mais bonita do país, em concurso realizado no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza. Ela recebeu a faixa de Miss Brasil e um carro no valor de R$ 40 mil, como premiação do 60º concurso Miss Brasil. Em segundo lugar ficou Fernanda Leme, de São Paulo, e em terceiro, a potiguar Deise Benício, de 23 anos. As duas ganharam uma viagem para o México. (Veja galeria de fotos do evento.)
A nova miss brasileira recebeu a coroa e faixa de Jakelyne Oliveira, de Mato Grosso, vencedora do título em 2013. Ela vai disputar agora o Miss Universo, que será realizado neste ano, nos Estados Unidos.
O coordenador técnico do concurso, Evandro Hazzy, se diz confiante na vitória de uma brasileira no Miss Universo. “Este é o melhor ano da história no que se refere ao nível das candidatas. Tenho oito meninas que estão no mesmo nível de critérios técnicos”, afirmou ele, que vem preparou as jovens para a competição durante três meses.
Durante duas horas de evento, as candidatas desfilaram com trajes típicos de cada estado, vestidos de gala e biquíni. A cada etapa, parte das concorrentes era eliminada. A vencedora foi anunciada quando restavam três misses estaduais.
Miss Espírito Santo venceu prêmio de melhor figurino (Foto: Lucas Ismael/Band/Divulgação)Miss Espírito Santo venceu prêmio de melhor
figurino, inspirado em Nossa Senhora
(Foto: Lucas Ismael/Band/Divulgação)
No primeiro bloco do concurso, a miss Espírito Santo, Amanda Recla, de 20 anos, venceu o prêmio de melhor figurino entre os trajes típicos. Um dia antes do evento, ela desfilou em traje inspirado na Nossa Senhora.
No segundo bloco, as candidatas elegeram a “Miss Simpatia”, e a miss Rondônia, Sinaira Machado, de 24 anos, recebeu o maior número de votos. Doze garotas foram eliminadas da competição neste bloco.
No terceiro bloco do concurso, as candidatas fizeram o tradicional desfile de biquíni e mais cinco candidatas foram eliminadas, restando 10 misses. No quarto bloco, elas desfilaram de maiô e outras cinco jovens deixaram a disputa.
Os jurados também fizeram perguntas às garotas. Entre as questões, a misses foram questionadas sobre que medida adotaria caso fosse presidente, qual o livro preferido e quais projetos elaboraria para pessoas sem acesso à educação.
Reação da cearense ao ser anunciada Miss Brasil (Foto: Lucas Ismael/Band/Divulgação)Reação da cearense ao ser anunciada Miss Brasil (Foto: Lucas Ismael/Band/Divulgação)
Fonte http://g1.globo.com/ceara/noticia/2014/09/cearense-melissa-gurgel-e-eleita-miss-brasil-2014.html

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Ibovespa cai a 50 mil pts no fim do ano com vitória de Dilma e sobe com derrota da presidente

quinta-feira, 25 de setembro de 2014 15:38 BRT
Por Asher Levine

SÃO PAULO (Reuters) - O futuro da bolsa brasileira depende da eleição presidencial de outubro, podendo cair até o fim do ano caso a presidente Dilma Rousseff seja reeleita, segundo pesquisa da Reuters.

O Ibovespa, principal índice de ações do Brasil, acumula alta de cerca de 10 por cento neste ano até o fechamento de 24 de setembro, impulsionado pela expectativa de uma mudança na Presidência.

Algumas das maiores altas diárias nos últimos meses aconteceram após pesquisas mostrarem queda nas intenções de voto de Dilma e avanço de Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB).

Levantamentos recentes mostrando alguma perda de terreno de Marina e fortalecimento de Dilma, com acirramento da disputa entre ambas na simulação de segundo turno, fizeram com que a bolsa reduzisse seu fôlego, segundo profissionais do mercado de renda variável.

Analistas consultados na semana passada forneceram estimativas para o Ibovespa considerando dois cenários.

Se Dilma for reeleita, o índice deve terminar o ano em 50 mil pontos, em queda de 12 por cento frente ao nível atual. O Ibovespa iria então para 52,5 mil no meio do ano que vem e atingiria 56,5 mil pontos no fim de 2015, segundo a mediana das projeções na pesquisa com 16 estrategistas e analistas.

Se Dilma perder a eleição, o Ibovespa deve subir a 63.770 pontos até o fim do ano, a 65 mil pontos no meio de 2015 e a 69 mil pontos no fim do próximo ano, segundo a pesquisa.

Em ambos os cenários, as ações devem ser afetadas por uma série de ajustes econômicos, incluindo a redução dos gastos públicos e o aumento nos preços da gasolina.

"Se Dilma ganhar, provavelmente vamos ver ela reforçando a estratégia que ela tem seguido e que não tem sido bem-sucedida", disse o gestor de portfólio da Cultinvest Asset Management, Felipe Cosi, em São Paulo.

"Se Marina ganhar, ela deve dar sinais positivos para o mercado, mas ela ainda vai ter que colocar a economia nos trilhos. A grande questão é de que forma os ajustes vão acontecer", acrescentou.

(Reportagem adicional de Silvio Cascione, em Brasília)

Fonte http://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKCN0HK28T20140925?sp=true

Como a Índia chegou a Marte gastando menos que um filme de Hollywood

Jonathan Amos


Credito: AP
A missão da Índia a Marte foi uma das iniciativas interplanetárias mais baratas já realizadas
O programa espacial da Índia conseguiu, na primeira tentativa, o que outros países tentam há anos: enviar uma missão operacional para Marte.
O satélite Mangalyaan foi confirmado na órbita do planeta vermelho na terça-feira. Um feito considerável.
A missão foi orçada em 4,5 bilhões de rúpias (cerca de US$ 74 milhões, ou R$ 178 milhões), o que, para os padrões ocidentais, é incrivelmente barato.
A sonda americana Maven, que chegou a Marte na segunda-feira, está custando quase dez vezes mais.
Em junho, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, brincou que a 'aventura na vida real' da Índia custava menos do que o filme de ficção de Hollywood Gravidade, orçado em US$ 100 milhões.
Mesmo os filmes de ficção científica de Bollywood, como Ra.One, custam menos que o que foi gasto para levar Mangalyaan a Marte.
Como a Índia fez isso?

Gerenciando custos

Com certeza, os custos com pessoal são menores na populosa nação de 1,4 bilhão de pessoas, e os cientistas e engenheiros que trabalham em qualquer missão espacial são sempre a maior fatia do preço da passagem espacial.
Credito: AFP
O primeiro-ministro Narendra Modi disse que o país conquistou "praticamente o impossível"
Componentes e tecnologias domésticas também foram priorizadas em detrimento das caras importações estrangeiras.
Mas, além disso, a Índia teve o cuidado de fazer as coisas de forma simples.
"Eles mantiveram o satélite pequeno. A carga pesa só cerca de 15 kg", diz o professor Andrew Coates, da Grã-Bretanha, que será investigador-chefe da missão da Europa a Marte em 2018.
"É claro que essa complexidade reduzida sugere que a missão não será tão cientificamente avançada, mas a Índia foi inteligente ao priorizar algumas áreas que irão complementar o que os outros estão fazendo."

Missão

O Mangalyaan está equipado com um instrumento que vai tentar medir o metano na atmosfera. Este é um dos tópicos mais quentes na pesquisa em Marte no momento, após observações preliminares sobre o gás.
A atmosfera da Terra contém bilhões de toneladas de metano, a grande maioria proveniente de micróbios, como os encontrados no trato digestivo dos animais.
A suspeita dos cientistas é que alguns organismos produtores de metano, ou metanogênicos, possam existir em Marte se viverem no subterrâneo, longe das duras condições da superfície do planeta.
Credito: Reuters
Investimento em ciência em tecnologia pode beneficiar todo o país
Os cientistas ocidentais também estão animados de ter a sonda indiana na estação. Suas medições de outros componentes atmosféricos complementarão as medições da Maven e as observações feitas pela europeia Mars Express.
"Isso significa que estaremos recebendo as medições de três pontos, o que é muito importante", diz o professor Coates.
Isto irá permitir que os pesquisadores entendam melhor como o planeta perdeu o grosso de sua atmosfera bilhões de anos atrás, determinar que tipo de clima o planeta pode ter tido, e se era ou não propício à vida.

Gerador de riqueza

Mas há muitas críticas a respeito do programa espacial da Índia.
Uma delas parte do princípio de que a atividade espacial é um brinquedo melhor deixado para os países ricos e industrializados, sem valor para as nações em desenvolvimento.
Para os que defendem este argumento, seria melhor aplicar o dinheiro do contribuinte indiano em saúde e saneamento básico.
Mas o que essa posição muitas vezes ignora é que o investimento em ciência e tecnologia também constrói aptidão e capacidade, desenvolvendo o tipo de mão-de-obra que beneficia a economia e a sociedade de forma mais ampla.
A atividade espacial é geradora de riqueza. Algumas das coisas feitas no espaço fazem circular dinheiro aqui embaixo. As nações industrializadas sabem disso e essa é uma das razões pelas quais eles investem pesadamente na atividade espacial.
O Reino Unido, por exemplo, aumentou drasticamente seus gastos com espaço nos últimos anos. O governo até identificou a área de satélites como sendo uma das "oito grandes" tecnologias que podem ajudar a reequilibrar a economia do país.
A Índia quer embarcar nesta tendência. Com o Mangalyaan e os outros programas de satélites e foguetes, o país está se posicionando fortemente em mercados internacionais de produtos e serviços espaciais.

Fonte http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/09/140925_india_marte_lab

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Brasil não assina acordo mundial para reduzir desmatamento

Crédito: Reuters

Documento foi assinado por mais de 30 países, entre eles, Estados Unidos, Canadá e União Europeia; governo brasileiro alega que não foi consultado
No mesmo dia em que a presidente Dilma Rousseff exaltou as medidas tomadas por seu governo na área ambiental, o Brasil se recusou a assinar um documento propondo reduzir pela metade a derrubada das florestas do mundo até 2020 e zerar por completo o desmatamento até 2030.
O compromisso foi anunciado nesta terça-feira com a 'Declaração de Nova York sobre Florestas', durante a Cúpula do Clima das Nações Unidas, na sede da organização, em Nova York. Participam da iniciativa mais de 30 países, entre eles, Estados Unidos, Canadá e União Europeia, além de dezenas de empresas, organizações ambientalistas e grupos indígenas.
O evento antecedeu à abertura da Assembleia Geral da ONU, prevista para acontecer nesta quarta-feira.
À revelia do governo federal, os Estados do Acre, Amapá e Amazonas também assinaram o acordo.
A 'Declaração de Nova York sobre Florestas' é uma espécie de cartas de intenções anterior a um tratado internacional, que começaria a vigorar a partir do ano que vem. Uma vez implementado, cortaria a emissão anual de gás carbônico (CO2) entre 4,5 e 8,8 bilhões de toneladas.
Autoridades ligadas à defesa do meio ambiente lamentaram a falta de apoio do Brasil, dono da maior floresta tropical úmida contínua do mundo.

De fora

Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o Brasil ficou de fora porque "não foi consultado" sobre a nova resolução.
"Infelizmente, não fomos consultados [sobre a declaração]. Acredito que seja impossível pensar uma iniciativa em prol das florestas a nível mundial sem incluir o Brasil. Não faz sentido", disse Teixeira à agência de notícias Associated Press (AP) na segunda-feira (22).
Na prática, porém, o compromisso vai de encontro às regras do governo brasileiro sobre o manejo sustentável das florestas e a derrubada de áreas para agricultura, o chamado 'desmatamento legal'.
Como não havia distinção no texto entre o que poderia ou não ser desmatado, o país resolveu não assinar o documento.
"Desmatamento legal é diferente de desmatamento ilegal. Nossa política nacional é interromper o ilegal", afirmou a ministra.
Caso as metas propostas no documento sejam alcançadas, a redução de dióxido de carbono lançado na atmosfera seria equivalente ao volume atualmente expelido por todos os carros do planeta, informou a ONU.
O grupo que assinou o documento também prevê recuperar mais de 2,5 milhões de km² de floresta no mundo até 2030.
A Noruega, por sua vez, prometeu gastar US$ 350 milhões (R$ 840 milhões) para proteger as florestas do Peru e outros US$ 100 milhões (R$ 240 milhões) na Libéria.
Em entrevista à AP, Charles McNeill, assessor de política ambiental para o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, afirmou que não houve "intenção de excluir o Brasil".
"Não houve intenção de excluir o Brasil. Eles são o mais importante país naquela área. Um esforço que envolva o Brasil é muito mais poderoso e impactante".
Segundo McNeill, "houve tentativas de falar com integrantes do governo brasileiro, mas não obtivemos uma resposta".
Segundo dados oficiais, o desmatamento caiu 79% no Brasil desde 2004. No ano passado, contudo, o desmatamento na Amazônia Legal subiu 28% após quatro anos em queda.
Apesar do aumento, o índice foi o segundo menor desde que o país começou a acompanhar a derrubada de árvores na região, em 1988.

Dilma

Em discurso na plenária da ONU, Dilma exaltou a agenda sustentável do seu governo e descreveu os indicadores de desmatamento brasileiros como "excepcionais".
Ela afirmou ainda que sua adversária na corrida presidencial pelo PSB, Marina Silva, mente ao afirmar que a atual política ambiental brasileira representa um retrocesso.
A presidente lembrou que o Brasil tomou a decisão voluntária, durante a Cúpula de Copenhague, em 2009, de cortar entre 36% e 39% as emissões de dióxido de carbono até 2020. Segundo ela, o país também deixou de emitir cerca de 650 milhões de toneladas de gases desde 2010.
"Quero saber onde está o retrocesso. Por que quem definiu 36% e 39% voluntariamente, quem reduziu 650 milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera, foi o meu governo e o governo do presidente Lula. E não foi na época dela que fizemos isso", afirmou Dilma.

Novas críticas

Em compromisso de campanha em Florianópolis, Marina Silva voltou a criticar Dilma. A candidata do PSB à presidência lamentou que o Brasil não assinou a carta de proteção às florestas. Marina afirmou ainda que a petista não assumiu um compromisso para o futuro.
"Acabo de receber a notícia de que, infelizmente, a presidente Dilma, que está participando em Nova York da cúpula do Clima, a convite do secretariado geral das Nações Unidas, fala tão somente das conquistas já alcançadas no passado, mas não sinaliza nenhum compromisso para o futuro", disse a ex-senadora.

Fonte http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/09/140924_brasil_acordo_clima_lgb

terça-feira, 23 de setembro de 2014

FHC e Armínio Fraga afirmam que Brasil precisa de mudanças drásticas durante Almoço-Debate Lide

FHC e Armínio Fraga afirmam que Brasil precisa de mudanças drásticas durante Almoço-Debate Lide

Almoço-Debate Lide
22/09/201418h57

SÃO PAULO, 22 de setembro de 2014 /PRNewswire/ -- "O Brasil parou. Nossa máquina de desenvolvimento pifou", afirmou o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, durante Almoço-Debate promovido nesta segunda-feirapelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, presidido por João Doria Jr."Perdemos o rumo e isso é muito preocupante", completou o ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso. O evento aconteceu no Hotel Grand Hyatt, em São Paulo, e contou com a presença histórica de 602 convidados.

Para Armínio Fraga, muita coisa precisa mudar para que o País volte a crescer. O Brasil tem produzido pouco, e não avança na área educacional. "Temos uma verdadeira crise de infraestrutura em todas as dimensões: transportes (portos, aeroportos, estradas) e em energia", afirmou.

"A doença está sendo tratada com o remédio errado e sem transparência, o que afeta diretamente a economia", avalia. "Precisamos ter mais crédito, num modelo sustentável, que não obrigue a população a se financiar com juros a 28%".

Fraga destaca que a renda média da população brasileira representa apenas 20% da americana e, por isso, a insatisfação é generalizada. Para continuar crescendo, o Brasil precisa de uma economia mais dinâmica.

Para FHC, falta indignação por parte dos políticos e da população para que se vá mais a fundo em temas como o escândalo da Petrobras. O governante, segundo ele, ou faz parte do esquema ou, no mínimo, é conivente se não tiver controle sobre os acontecimentos.

Sobre a independência do BC, Fraga foi claro ao dizer que o órgão precisa de autonomia operacional para atingir uma meta determinada pelo governo. "Hoje é consenso que o BC precisa se concentrar em garantir a estabilidade da moeda. Claro que sozinho ele não consegue afetar a tendência de crescimento da economia, mas consegue suavizar o ciclo, o que é muito importante."

FHC finalizou o evento declarando que um novo governo, independentemente de partido, não vai mudar tudo da noite para o dia. "As mudanças fazem parte de um processo. O importante é votar em um presidente que seja um líder e tenha a capacidade de falar com o Congresso, com os partidos e as lideranças. Sendo assim, as medidas necessárias são passíveis de serem tomadas e o país poderá ser (re)construído a cada dia".

O evento contou com a chancela de importantes marcas. AMIL, CISA TRADING, GOCIL, LOBRAUS, KIA, MAPFRE, SAPORE e TNT foram os patrocinadores. Entram como fornecedores oficiais a CDN, DELONGHI, ECCAPLAN, GRUPO COMPANHIA, MISTRAL VINCI. PR NEWSWIRE, RÁDIO JOVEM PAN, REVISTA e TV LIDE são mídia partners.


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FONTE Almoço-Debate Lide

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Médico de família 'dirige Chevette e namora Creisom' em apostila para concurso


Atualizado em  22 de setembro, 2014 - 07:57 (Brasília) 10:57 GMT
Atendimento em Posto de Saúde da Família em Novo Gama (GO) | Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil
Médicos de família e comunidade estão no centro de programas de governo e propostas para a saúde
"Ao ouvir as histórias dos amigos, você ficava triste: os dermatologistas, todos bem de vida (...); o pessoal da cirurgia plástica chegando de carro importado e você caladinha, envergonhada de estar em um fim de mundo, dirigindo seu Chevette hatch, ano 87, com três calotas, e namorando Creisom, motorista da ambulância do seu município...".
Esta é a descrição de um hipotético encontro de colegas de Medicina que aparece em uma apostila do Medcurso, o principal curso preparatório para concursos médicos no Brasil. A situação descrita acima introduz uma série de perguntas sobre a atenção básica de saúde. A "motorista do Chevette", que aparece envergonhada, é uma médica que optou por atuar em um Posto de Saúde da Família (PSF) em uma cidade do interior. O material do curso preparatório chega a dizer ainda que líderes de esquerda como Hugo Chávez e Evo Morales seriam os "heróis" dos médicos que trabalham com atenção básica.
A apostila ilustra a imagem que médicos de família e comunidade - que atuam majoritariamente no SUS e em postos de saúde - têm entres os profissionais de Medicina no Brasil. Apesar de estarem no centro de programas de governo - como o Mais Médicos - e das propostas de candidatos à Presidência para a saúde, os médicos de família são ainda uma especialidade pouco conhecida da população e pouco procurada dentro das escolas de Medicina: dos cerca de 390 mil médicos no país, apenas cerca de 4 mil são médicos de família, cerca de 1% do total.
Profissionais que optaram pela especialidade relatam sofrer preconceito entre professores e colegas, apesar da importância da categoria no atendimento aos problemas de saúde mais básicos que afetam os brasileiros. "Sou formado há 12 anos e aconteceu em vários momentos em encontros de turma de me perguntarem quando farei uma especialidade de verdade", disse Rodrigo Lima, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, à BBC Brasil.
"Eu já tive muitos alunos que chegaram a relatar: 'Eu tenho vontade de ser médico de família, mas não sei como minha família encararia isso, não sei se vou conseguir convencê-los'. Para um aluno de 20 anos é difícil resistir à pressão de ter que ter o carro do ano, ser muito bem sucedido financeiramente. É o ideal que a sociedade tem do que é ser médico."

Desvalorização

SAÚDE E ELEIÇÃO

A abordagem dos problemas da atenção básica de saúde e do cotidiano dos médicos de família como parte da nossa cobertura especial sobre as eleições de 2014 foi sugerida em consultas com leitores promovida pelo #salasocial - o projeto da BBC Brasil que usa as redes sociais como fonte de histórias originais.
Na página da BBC Brasil no Facebook (www.facebook.com/bbcbrasil), leitores participam do debate e fazem comentários sobre a questão. Dê você também sua opinião!
O Programa de Saúde da Família - criado durante o governo Fernando Henrique Cardoso – tem o objetivo de oferecer atendimento primário de saúde, que procure prevenir e resolver a maior parte dos problemas em determinado território sem a necessidade de encaminhamento para hospitais especializados. A estratégia foi ampliada durante os governos do PT.
Nos postos de saúde e unidades básicas, uma equipe de médicos, enfermeiros e agentes comunitários deve acompanhar até quatro mil pessoas – desde crianças até idosos. O bom funcionamento do modelo, que também é adotado por países como Inglaterra, Canadá e Austrália, ajudaria a evitar a superlotação de emergências e hospitais, um dos principais gargalos do atendimento médico no país.
Na prática, no entanto, os profissionais relatam unidades com demanda mais alta do que o previsto, condições precárias de trabalho, falta de materiais básicos para o atendimento e dificuldade de completar as equipes médicas.
"Os Postos de Saúde e Unidades Básicas de Saúde hoje não dão conta da demanda por uma série de razões. Então o que temos hoje é uma rede enorme de serviços que não conseguem resolver os problemas e cria nas pessoas a ideia de que 'o postinho não resolve, o melhor é o hospital'", diz Rodrigo Lima.
Além do Mais Médicos, que contratou profissionais brasileiros e estrangeiros para complementar equipes de saúde da família em todo o país, a formação de profissionais dispostos a atuar na atenção básica também foi alvo de diversas estratégias durante os governos Lula e Dilma. Entre elas, a mudança no currículo de Medicina – que passou a exigir que os alunos frequentem postos de saúde desde o início do curso, e o estímulo à abertura de mais programas de residência da especialidade no país.
Muitos desses programas, no entanto, não conseguem preencher boa parte das vagas, segundo a SBMFC. Para os médicos, é um sinal de que os estudantes precisam de mais estímulo para seguirem a carreira. O salário é considerado um dos fatores que desestimula os médicos - eles ganham em média R$ 8 mil, contando com bonificações oferecidas pelas prefeituras para complementar os salários.
"Nos últimos anos, o governo teve iniciativas que foram interessantes, mas não suficientes. Se você não botar dinheiro no bolso do cara para que ele pague as contas, ele não vai ficar", disse Paulo Klingelhoefer de Sá, médico de família e coordenador do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP), à BBC Brasil.
Apostila do Medcurso | Foto: Arquivo pessoal
Apostila de curso preparatório fala em "vergonha" de médicos de família
"Os alunos falam isso na minha cara. Eu os coloco na atenção primária desde o começo do curso. Eles acham muito legal, ficam com pena da população, mas escolhem outro caminho. Escolhem fazer oftamologia, radiologia, dermatologia. Dizem que medicina da família é coisa para pobre."
Os três candidatos melhor colocados nas pesquisas sobre a disputa pela Presidência, Dilma Rousseff, Marina Silva e Aécio Neves, mencionam a "ampliação" da Estratégia de Saúde da Família em seus programas de governo e a "valorização" dos profissionais de saúde que atuam no serviço público. Dois deles, Marina e Aécio, falam especificamente da criação de uma carreira para médicos no SUS.
A BBC Brasil também ouviu a opinião de leitores pelo Facebook.A questão gerou um debate acalorado sobre os aspectos positivos e negativos do atendimento básico no sistema de saúde público.
Leitores da BBC Brasil se dividiram entre elogios e críticas ao sistema de saúde público

'De esquerda'

Segundo relatos colhidos pela BBC Brasil (leia abaixo) os médicos de família costumam ser vistos – até mesmo pelos pacientes - como profissionais de qualidade inferior, discriminados por receberem salários mais baixos em relação aos colegas e por serem considerados "de esquerda".
Nas situações criadas para as perguntas sobre saúde da família, a apostila do Medcurso chega a dizer que "Evo Morales e Hugo Chávez passam a ser heróis" da personagem que começa a trabalhar em um Posto de Saúde da Família.
"Achamos que não valia a pena nos pronunciarmos publicamente sobre a apostila, mas ele contribui com esse estigma social de que o médico de família é um médico inferior, que 'não presta para nenhuma especialidade'. Isso é de uma ignorância incrível", diz Rodrigo Lima.
"Nesse cenário desfavorável, nas faculdades os alunos que se aproximam da área geralmente são os que se incomodam mais com a questão da igualdade, algo que costuma ser associado à esquerda. Mas isso também não é regra, conheço muitos médicos de família que são de direita". afirma.
Até a publicação desta reportagem, o Medgrupo, que produz as apostilas do Medcurso, não havia respondido ao pedido de resposta da BBC Brasil.

Fonte http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/09/140920_salasocial_eleicoes2014_saude_abre_medicos_cc.shtml

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

OCDE corta estimativa de crescimento do Brasil a 0,3% em 2014


segunda-feira, 15 de setembro de 2014 08:43 BRT
Por Leigh Thomas
PARIS (Reuters) - A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu suas expectativas de crescimento do Brasil neste e no próximo ano, também piorando as contas para as principais economias desenvolvidas nesta segunda-feira.
Agora, a OCDE vê que a economia brasileira crescerá 0,3 por cento, ante 1,8 por cento que enxergava em maio. Para 2015, a expectativa é de expansão de 1,4 por cento, contra 2,2 por cento anteriormente.
"O Brasil caiu em recessão no primeiro semestre. O investimento tem sido particularmente fraco, minado pelas incertezas sobre a direção da política após as eleições e a necessidade de que a política monetária controle a inflação acima da meta", informou a OCDE no relatório.
"Uma recuperação moderada pode ser esperada conforme esses fatores se desenrolam, mas a projeção é que o crescimento permaneça abaixo do potencial em 2015", completou.
O Brasil entrou em recessão no primeiro semestre com forte retração nos investimentos e na indústria e a Copa do Mundo prejudicando a atividade econômica.
A OCDE também pediu estímulo muito mais agressivo do Banco Central Europeu (BCE) para conter o risco de deflação na zona do euro, ampliando a crescente pressão sobre a autoridade monetária para impulsionar o crescimento antes da reunião de ministros das Finanças e membros de bancos centrais do G20 nesta semana na Austrália.
A organização estimou expansão na zona do euro de apenas 0,8 por cento neste ano, subindo para 1,1 por cento em 2015. Isso marca forte redução em relação ao seu Cenário Econômico de maio para a região, quando projetou crescimento de 1,2 por cento em 2014 e de 1,7 por cento em 2015.
Em comparação, a OCDE vê a economia dos Estados Unidos crescendo 2,1 por cento neste ano e acelerando para 3,1 por cento em 2015. Em maio, a OCDE projetou expansão nos EUA de 2,6 por cento em 2014 e 3,5 por cento em 2015.
OS EUA devem pressionar os países europeus na reunião do G20 para acelerar medidas para aumentar a demanda e o crescimento econômico frente ao risco de deflação, de acordo com uma autoridade do Tesouro norte-americano na sexta-feira.
"QUANTITATIVE EASING"?
A OCDE informou que embora a inflação da zona do euro --que atingiu a mínima de cinco anos em agosto, de 0,4 por cento-- deve fortalecer conforme a demanda se recupera, níveis baixos perto de zero levantam o risco de deflação.
"Dado o cenário de baixo crescimento e o risco de que a demanda pode ser mais afetada, ou mesmo se tornar negativa, a OCDE recomenda mais suporte monetário para a zona do euro", disse a organização em comunicado que acompanha suas projeções.
"Ações recentes do BCE são bem-vindas, mas mais medidas, incluindo quantitative easing, são justificadas", completou.
Recentemente o BCE anunciou uma série de medidas num esforço para encorajar o empréstimo a empresas que precisam de crédito, mas até agora evitou o "quantitative easing" adotado pelos EUA e Japão, que consiste de enorme compra de títulos governamentais e de outros tipos para reduzir o custo de empréstimo.