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sábado, 30 de março de 2013

Yahoo! paga US$ 30 milhões por startup de garoto de 17 anos

A receita de um jovem milionário

Você tem uma ideia de tecnologia e quer ganhar uma fortuna ainda na adolescência? Coloque-a em prática, aconselha o estudante londrino que acaba de vender seu aplicativo (app) de notícias Summly para o Yahoo por estimados US$ 30 milhões.

O dinheiro está lá, à espera de ideias novas e inteligentes, disse Nick D'Aloisio, 17, que tem entre seus investidores gente como Yoko Ono e Rupert Murdoch. "Se você tem uma boa ideia, ou acredita que haja uma lacuna no mercado, aja logo e lance seu produto, porque existem investidores em todo o mundo em busca de empresas para investir", disse à Reuters em uma entrevista por telefone.

Os termos da venda, acertada quatro meses depois do lançamento do aplicativo para iPhone, não foram revelados, e D'Aloisio, que ainda está no segundo grau, não quis falar a respeito. Mas o blog AllThingsD estimou o valor da aquisição em cerca de US$ 30 milhões. O adolescente vai se tornar o mais jovem funcionário do Yahoo.

D'Aloisio disse que é dono da maior parte do Summly e que pretende investir a quantia obtido com a venda, embora sua idade imponha limites legais para acessar o dinheiro. "Estou feliz que seja assim e trabalhando com os meus pais para resolver todo o processo", disse.

Família   D'Aloisio, que mora em Wimbledon, um subúrbio endinheirado de Londres, enfatiza o apoio da sua família e da escola onde estuda, que lhe concedeu um período de licença, mas também destaca as ideias provenientes de seus entusiasmados investidores.

Ele vislumbrou o aplicativo enquanto estudava para uma prova de História dois anos atrás, e criou um protótipo de um programa que resume artigos noticiosos em porções de texto facilmente legíveis nas pequenas telas dos smartphones. O que o inspirou, disse, foi a frustrante experiência de vasculhar resultados de busca do Google e inúmeros sites a fim de obter as informações de que precisava ao estudar para a prova.

A primeira versão do aplicativo se chamava Trimit e resumia um artigo em cerca de 400 caracteres por meio de um algoritmo.

O projeto atraiu a atenção da Horizon Ventures, empresa de venture capital do bilionário de Hong Kong Li Ka-shing (que fez aporte de US$ 250 mil), e também de investidores célebres. Entre eles estão os atores Ashton Kutcher e Stephen Fry, a artista plástica Yoko Ono, viúva de John Lennon, e o magnata da mídia Rupert Murdoch.


Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,a-receita-de-um-jovem-milionario,1013760,0.htm

quarta-feira, 27 de março de 2013

Dando vida a um cérebro virtual

Há meses, Henry Markram e equipe vêm alimentando um supercomputador com dados. São quatro caixas pretas do tamanho de máquinas de venda automática rodando em silêncio no porão da Escola Politécnica Federal de Lausanne, Suíça.

As caixas abrigam milhares de microchips, todos programados para atuar como uma célula cerebral. Cabos levam sinais de microchip para microchip, exatamente como fazem os neurônios num cérebro de verdade.

Em 2006, Markram apertou o botão. O Blue Brain, uma teia intricada de quase dez mil neurônios virtuais, crepitou para a vida. Enquanto milhões de sinais corriam pelos cabos, surgia a atividade elétrica parecida com ondas cerebrais verdadeiras.

"Aquele foi um momento incrível", ele falou, comparando a simulação com o que acontece no tecido cerebral real. "A combinação não era perfeita, mas era boa. Como biólogo, eu fiquei impressionado."

Após decidir que simular o cérebro inteiro num supercomputador seria possível durante o curso de sua vida, Markram, agora com 50 anos, se determinou a prová-lo.

Não se trata de um feito pequeno. O cérebro contém quase cem bilhões de neurônios organizados em redes com u, total de cem trilhões de conexões, todas disparando descargas elétricas de frações de segundos num caldo de moléculas biológicas complexas em fluxo constante.

Em 2009, Markram concebeu o Projeto Cérebro Humano, uma iniciativa abrangente e polêmica envolvendo mais de 150 instituições do mundo inteiro a qual, ele espera, reunirá os cientistas para realizar seu sonho.

Em janeiro, a União Europeia aumentou as apostas concedendo ao projeto um financiamento de dez anos de até US$ 1,3 bilhão – quantia inédita na neurociência.

Segundo Markram escreveu na revista "Scientific American", "uma cópia virtual minuciosa do cérebro humano permitiria a pesquisa em células e circuitos cerebrais ou testes de drogas baseadas em computação".


Fonte:
http://nytsyn.br.msn.com/cienciaetecnologia/dando-vida-a-um-c%C3%A9rebro-virtual#page=1

terça-feira, 26 de março de 2013

Tênis usa movimentos dos pés para gerar energia elétrica



Pesquisadores da Universidade de Wisconsin desenvolveram um protótipo de tênis capaz de usar os movimentos dos pés para gerar energia.

Com design futurista, o "InStepNanopower" utiliza a força mecânica do ato de caminhar ou correr para criar uma corrente elétrica que reabastece a bateria que está dentro da sola do calçado.

O sistema funciona por meio das nanopartículas de metal líquido localizadas dentro de pequenas bolsas instaladas no solado: uma no calcanhar e outra perto dos dedos.

Assim, depois de uma caminhada ou corrida, basta usar um cabo de micro-USB para recarregar o celular, o tablet, o laptop ou outro dispositivo elétrico.

Durante os estudos, os pesquisadores perceberam que grande parte da bateria dos telefones móveis é gasta na tentativa de encontrar uma conexão Wi-Fi. Então incorporaram um transmissor que conecta o tênis à torre e transfere o sinal para o celular. Dessa forma, a bateria pode durar mais tempo

Os criadores, Tom Krupenkin e J. Ashley Taylor, buscam investidores e fabricantes que queiram ajudar o produto a chegar às lojas.


Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsocial/1252350-tenis-usa-movimentos-dos-pes-para-gerar-energia-eletrica.shtml

quarta-feira, 20 de março de 2013

ARTESANATO COM FILTRO DE CAFÉ

Após câncer, ex-professora fatura R$ 100 mil vendendo objetos com filtro de café

Os filtros de café reciclados mudaram a vida de Rosely Ferraiol, 56. Eles são a matéria-prima utilizada na produção de luminárias artesanais, biombos, molduras e outros objetivos de decoração, que podem custar R$ 5.000.

Há sete anos, Ferraiol montou uma empresa para comercializar as peças e ajudar outras pessoas. A "ecodesigner" chegou a vender 300 luminárias por mês e a faturar em torno de R$ 100 mil. Atualmente, reestrutura seu negócio para se dedicar a palestras, consultoria e venda de produtos.

A técnica da "arte com filtro de café", devidamente patenteada, nasceu em 1997. Naquele ano, a então bailarina clássica e professora de educação física, enfrentou um câncer de tireoide.

"Sem poder trabalhar, estava passando por uma situação muito difícil, morando de favor. Um dia, fazendo cafezinho, comecei a guardar os filtros. A minha família ficou preocupada", conta.

Atraída pela textura do papel e as nuances provocadas pela borra de café, ela decidiu usar os filtros --só não sabia de que maneira. A resposta veio quando encapou uma cúpula velha de luminária.

Hoje, a empresária retira do lixo em torno de 500 mil filtros todos os meses. Com o patrocínio de uma empresa, distribui 20 mil novas unidades mensais para entidades como escolas e hospitais e as recolhe usadas.

"Com os filtros estamos fazendo sapatos, bolsas e revestimento de móveis. Percebi que o nosso lixo é muito rico. Essas peças vão fazer cada vez mais sucesso porque a sustentabilidade está estimulando isso", diz Ferraiol.

Fonte:
20/03/2013 - 07h01 | EDUARDO KORMIVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
http://classificados.folha.uol.com.br/negocios/1249096-apos-cancer-ex-professora-fatura-r-100-mil-vendendo-objetos-com-filtro-de-cafe.shtml

sexta-feira, 8 de março de 2013

Se nos deixam falar!

Dois dias em Santiago, no Chile, para debater possibilidades de avanço da democracia, e me deparo com memórias remotas e recentes de nossa sofrida América Latina. Talvez a experiência dos chilenos seja mais traumática, é difícil avaliar, mas, no vigor de sua juventude, vejo a mesma superação de velhos paradigmas que ocorrem em outros países.

Essa é, afinal, a novidade que está sendo pouco considerada no debate político, atualizado pela morte de Hugo Chávez. Mais que vencer discussões, interessa solidarizar-se com o povo venezuelano na busca de novos caminhos.

Hoje, ainda vigoram antigas polaridades e uma nomenclatura do século passado: populismo, neoliberalismo, estatização, privatização, caudilhismo... Esses termos expressam realidades e significados ainda presentes em nossos sistemas políticos, como feridas abertas ou cicatrizes recentes. Mas a superação das fragilidades de nossa democracia, sua inserção definitiva na cultura, sua universalização, não acontecerá só com a derrota de um dos polos em disputa, a eleição de um novo líder ou a ascensão de um partido. Ela será, sobretudo, obra da sociedade, fruto cultivado de sua determinação.

Conversei com líderes estudantis que agitaram o Chile e trouxeram à política latino-americana algum alento contra a estagnação. Também me reuni com um coletivo de jovens do Techo ("Um teto para meu país"), organização que tem incríveis resultados práticos na superação da miséria em vários países. Um grupo que desenvolve o mesmo projeto em São Paulo participou da reunião e me fez perguntas por vídeo. As fronteiras, definitivamente, não são mais as mesmas e esses jovens mostram que seus sonhos de democracia são bem maiores que as nossas urnas.

As novas experiências políticas não são só virtuais, espalham-se no tecido social e geram mutações reais. Também não cabem num recorte setorial: são econômicas e culturais, sociais e políticas, ambientais e éticas. Os jovens do Techo começaram construindo casas e logo viram que era necessário trabalhar com educação, saúde, informática, tudo. Muitos projetos que vemos no Brasil começam com arte, esporte ou uma ação social e logo diversificam suas ações. Atuam tanto na comunidade quanto na esfera institucional, sempre dando visibilidade e fazendo contatos nas redes virtuais.

É nessa nova superfície que se inscrevem os projetos identitários contemporâneos, a democracia emergente, em que a sustentabilidade política do futuro se assenta. Seu debate, amplo e profundo, supera os limites do modelo representativo atual para se dar em novos termos e novas linguagens, que só podem ser percebidos por uma escuta mais atenta. E o mais, quem viver, ouvirá.


Marina Silva, ex-senadora, foi ministra do Meio Ambiente no governo Lula e candidata ao Planalto em 2010. Escreve às sextas na versão impressa da Página A2.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marinasilva/1242669-se-nos-deixam-falar.shtml