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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Os cinco desafios de Obama para 2014

Pablo Uchoa

Atualizado em  30 de dezembro, 2013 - 09:21 (Brasília) 11:21 GMT
Barack Obama. Getty
Tensão entre Japão e China pode ser novo desafio externo para Obama
Após um ano difícil em 2013, o presidente Barack Obama entra em 2014 com uma agenda ainda incompleta do legado que pretende deixar ao fim de dois mandatos.
Por um lado, a sua lei da saúde – até agora a principal "marca" de Obama em cinco anos de governo – enfrenta dificuldades, adiamentos e atrasos na implementação. A legislação, assinada em 2010, foi planejada para entrar em vigor totalmente em 1º de janeiro de 2014.
Já a reforma das leis de imigração, que Obama tinha a intenção de sancionar em 2013 como outro forte legado, estancou na Câmara dos Deputados, apesar da aprovação de um projeto abrangente aprovado no Senado.
O ano de 2014 também cobrará de Obama respostas às denúncias de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA, sigla em inglês) feitas pelo ex-colaborador da agência, Edward Snowden.
A Casa Branca está sob pressão tanto de uma opinião pública preocupada com questões de privacidade quanto de países aliados irritados com o alcance do monitoramento de seus líderes.
Por outro lado, o presidente governará em um ambiente de palpável melhoria econômica – com desemprego em queda, um crescimento estimado pelo FMI em 2,6% (do FMI para 2014) e o Banco Central americano iniciando a retirada dos estímulos monetários da economia.
Um dos fatores de instabilidade na equação econômica foi afastado por um acordo no Congresso: a possibilidade de um novo fechamento parcial do governo no ano que vem.
Durante a paralisação federal de outubro, ocasionada por falta de acordo entre os partidos Democrata e Republicano acerca do orçamento do país, políticos de todos os lados, entre eles Obama, viram despencar seus índices de popularidade.
Com eleições legislativas marcadas para novembro, nenhum dos dois partidos quer se expor a uma renovada insatisfação popular.
Se as eleições proporcionam um alívio temporário para Obama trabalhar no seu legado, também marcarão a metade do seu segundo mandato – mais perto do ponto em que os analistas começarão a questionar o valor histórico da marca que ele imprimiu, ou deixou de imprimir, no governo.
Veja a seguir algumas das áreas em que Obama deve concentrar seus esforços em 2014.
Economia dos EUA. Reuters
Economia se recupera, mas situação ainda é complexa; Obama busca autossificiência energética
Esta será possivelmente uma das áreas que Obama mais reforçará. O líder que assumiu em janeiro de 2009, no auge da crise financeira, deixa um país em situação melhor.
O desemprego, que superou os 10% durante a crise, está situado em 7%. O crescimento projetado para 2014 é de 2,6%. Indicadores apontam para a recuperação do mercado imobiliário e o varejo. Ao mesmo tempo, o déficit americano caiu para 4% do PIB, metade em relação a 2009.
Os críticos alegam que os números ainda são ruins e que a concepção democrata de intervir na economia cria obstáculos à prosperidade americana. A inflação, por exemplo, ainda bastante abaixo da meta, indica debilidade na atividade econômica.
Porém, o Federal Reserve (Fed), a autoridade monetária do país, outorgou prestígio à ideia de recuperação econômica, anunciando que em janeiro de 2014 começará a retirar os estímulos monetários que vêm proporcionando uma enxurrada de dólares na economia.
Para evitar uma saída abrupta que prejudique a economia, o Fed anunciou que manterá os juros básicos zerados até "bem depois" de o desemprego baixar de 6,5%. A próxima presidente da autoridade monetária, Janet Yellen, que assume em janeiro, é considerada uma defensora do programa de suporte à recuperação econômica da instituição, e portanto o mercado não espera sobressaltos no campo monetário.
No longo prazo, o governo Obama tem investido forte na autossuficiência energética americana, sobretudo com investimentos em gás de xisto. Em outubro, o governo anunciou que as compras de petróleo – em queda por causa da "revolução energética" no país – ficaram abaixo das exportações. A Casa Branca considerou a notícia como um "marco histórico".

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