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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Os 15 atos da Odebrecht considerados criminosos pelos EUA

Quinta-feira, 22/12/2016, às 14:28, por Matheus Leitão

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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) listou 15 atos criminosos da Odebrecht que podem ser provados através de evidências ou cuja a intenção pode ser comprovada, inclusive com pagamentos a políticos brasileiros.

A informações constam dos documentos divulgados nesta quarta (21) após a assinatura dos acordos de leniência da Odebrecht e da Braskem, braço petroquímico da empresa, com aquele país.

Os dados apontam o uso do “setor de propinas” da Odebrecht, área de Operações Estruturadas, e de offshores no exterior para a realização de pagamentos ilegais. Segundo o DOJ, os 15 atos são:

1 - No ano de 2006, sob o comando de um sênior executivo da Odebrecht, que também chegou a ser diretor da Braskem, a empresa estabeleceu uma estrutura financeira secreta para pagar propinas a funcionários públicos, partidos políticos e candidatos estrangeiros, assim como para intermediários. A estrutura também foi usada por algumas de suas subsidiárias.

2 - No dia 22 de dezembro de 2006 ou em dias próximas a essa data, a Odebrecht fez com que US$ 10.9 milhões fossem transferidos de uma das contas da empresa em Nova York para uma offshore intitulada Smith & Nash Engineering Company (S&N), criada nas Ilhas Virgens Britânicas.

3 - No dia 12 de dezembro de 2007 ou em dias próximas a essa data, a Odebrecht instou dois pagamentos de US$ 1.27 milhão cada, totalizando US$ 2,5 milhões, transferidos de uma das contas de Nova York para a offshore S&N, nas Ilhas Virgens Britânicas.

4 - No dia 12 de dezembro de 2007 ou em dias próximas a essa data, a Odebrecht fez com que fossem realizados dois pagamentos de US$ 1.89 milhões cada, totalizando US$ 3,7 milhões, transferidos de uma das contas de Nova York para a offshore  S&N, nas Ilhas Virgens Britânicas.

5 - No dia 16 de dezembro de 2009 ou em dias próximas a essa data, a Odebrecht organizou a transferência de US$ 6,5 milhões de uma das contas de Nova York para a offshore Arcadex, criada em Belize.

6 - No dia 16 de dezembro de 2009 realizou novamente a mesma movimentação com os mesmos valores e usando as mesmas contas.

7 - No dia 24 de dezembro de 2009 ou em dias próximas a essa data, a Odebrecht gerou duas transferências de US$ 329 mil cada, totalizando US$ 658 mil, da offshore Arcadex, em Belize, para uma segunda conta em nome da Arcadex.

8 - No dia 25 de março de 2010 ou em dias próximas a essa data, a Odebrecht fez com que fossem transferidos US$ 434 mil da segunda conta Arcadex para uma conta bancária controlada por um ex-executivo da Petrobras.

9 - Em outubro de 2010 ou em meses próximos, a Odebrceht direcionou mais de US$ 40 milhões a serem pagos a alguns partidos políticos brasileiros, através do "setor de propina" da Odebrecht, área de Operações Estruturadas, para assegurar serviços a serem realizados para a Petrobras.

10 - No período entre 2010 e 2014, Odebrceht direcionou pagamentos de propinas de mais de US$ 20 milhões a um político eleito no Brasil e para funcionários públicos internacionais, para garantir a continuidade do trabalho em um projeto de transporte.

11 - No ano de 2011, a Odebrecht direcionou pagamentos de propinas de aproximadamente US$ 9,7 milhões para um partido político brasileiro, indicado por um político que ocupou cargo importante no Congresso Nacional, em troca da influência da legenda na continuidade de um projeto de construção no Rio de Janeiro.

12 - No dia 23 de maio de 2011 ou em dias próximas a essa data, a Odebrecht gerou a transferência de US$ 1 milhão da offshore S&N, nas Ilhas Virgens Britânicas, para uma conta controlada por um ex-diretor da Petrobras.

13 - No dia 6 de junho de 2011 ou em dias próximas a essa data, a Odebrecht instou a transferência novamente de US$ 1 milhão da offshore S&N, nas Ilhas Virgens Britânicas, para a conta controlada pelo mesmo ex-diretor da Petrobras.

14 - Entre dezembro de 2013 e o final de 2014, a Odebrecht direcionou pagamentos de propinas de aproximadamente US$ 6 milhões para um alto funcionário de uma estatal mexicana para ajudar a empresa a ganhar um projeto.

15 - Em 2015, executivo da Odebrecht responsável pela área de Operações Estruturadas, o “setor de propinas”, concordou em pagar US$ 4 milhões para um alto funcionário da ilha caribenha Antígua, se ele se negasse a prover documentos revelando pagamentos ilícitos para autoridades internacionais.

Fonte http://g1.globo.com/politica/blog/matheus-leitao/post/os-15-atos-da-odebrecht-considerados-criminosos-pelos-eua.html

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