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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Hubble revela que Universo tem dez vezes mais galáxias do que se pensava

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Existem ao menos 2 trilhões de sistemas estelares no Universo observável, diz estudo

POR O GLOBO
13/10/2016 14:38 / atualizado 13/10/2016 17:00

O Universo observável possui galáxias que não são captadas pelos telescópios atuais - ESA/Hubble & NASA

RIO — De repente, o Universo se tornou muito mais povoado. Uma análise de imagens captadas pelo telescópio espacial Hubble e outros grandes observatórios concluiu que existem ao menos 10 vezes mais galáxias do que se pensava. Agora, estima-se que existam, no mínimo, 2 trilhões de sistemas estelares espalhados pelo espaço observável.

O estudo, liderado por Christopher Conselice, da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, descobriu que num determinado volume de espaço no início do Universo existiam dez vezes mais galáxias do que o encontrado hoje. Muitas delas são relativamente pequenas, com massas similares às galáxias satélites próximas da Via Láctea. Ao longo do tempo, elas se fundiram com sistemas maiores, reduzindo a densidade. Os resultados foram publicados nesta quinta-feira no periódico “Astrophysical Journal”.

— Esses resultados são evidências poderosas de que uma evolução significativa das galáxias aconteceu ao longo da história do Universo, que reduziu dramaticamente o número delas por meio de fusões — explicou Conselice.

Uma das questões fundamentais da Astronomia é quantas galáxias existem no Universo. O estudo Hubble Deep Field, realizado na metade dos anos 1990, trouxe a primeira resposta para esta pergunta. Observações subsequentes como o Hubble Ultra Deep Field revelaram ainda mais sistemas, que levaram a uma estimativa de aproximadamente 100 bilhões de galáxias.

Conselice e sua equipe chegaram a conclusão que essa estimativa não está correta convertendo dados coletados pelo Hubble e outros observatórios em imagens tridimensionais, para fazer a contagem no número de galáxias em diferentes épocas da história do universo. Além disso, usaram modelos matemáticos, que permitiram a inferência da existência de galáxias que a geração atual de telescópios não conseguem observar.

Isso levou à surpreendente conclusão de que o número de galáxias que nós vemos representa apenas 10% do número total existente no Universo observável, todas muito distantes ou fracas para serem vistas com a nossa tecnologia. Essas pequenas galáxias do passado distante se uniram a outras maiores ao longo do tempo, que hoje nós podemos observar.

— Confunde a mente saber que mais de 90% das galáxias no Universo não foram estudadas. Quem sabe quais propriedades interessantes nós vamos encontrar quando descobrirmos esses sistemas com as futuras gerações de telescópios — disse Conselice. — No futuro próximo, o James Webb Space Telescope será capaz de estudar essas galáxias mais fracas.

O número decrescente de galáxias com a progressão do tempo contribui para a solução do paradoxo de Olbers, que questiona por que o céu noturno tem espaços pretos se o Universo contém numero infinito de estrelas.

A nova descoberta conclui que cada pedacinho do céu é povoado por galáxias, entretanto, a luz emitida por grande parte delas é invisível para o olho humano, graças a fatores que reduzem sua visibilidade e sua luz ultravioleta. Esses fatores são a vermelhidão da luz ligada à expansão do espaço, a natureza dinâmica do Universo e a absorção da luz por poeira e gases. Tudo isso contribui para o céu negro durante a noite.



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