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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

NASSER HISSA - CRIATIVIDADE




Como um tonel de aguardente
O escritório Nasser Hissa Arquitetos desenvolveu o projeto para a nova sede, em Fortaleza, da fabricante de aguardente Ypioca, empresa cearense e uma das mais antigas do país, fundada em 1847.
Os clientes queriam um heliponto no topo da edificação e a colocação dos espaços destinados à diretoria em locais que permitissem amplo domínio visual da área do parque industrial.
Pretendia-se uma arquitetura que refletisse não apenas a posição de destaque que a conhecida marca de aguardente detém nos mercados nacional e internacional, como também os avanços tecnológicos da produção industrial.
A planta, de desenho inusitado - um círculo interceptado por um triângulo -, ocupa o centro do terreno, conferindo grande visibilidade ao prédio. Esse destaque natural no entorno é favorecido pelas fachadas incomuns e pelos amplos jardins com espelhos d’água que circundam a construção, atenuando a forte insolação característica de Fortaleza.
De acordo com os autores do projeto, a linguagemadotada procurou atender às demandas do programa, estabelecendo um contraponto formal com o marco da empresa - um antigo tonel de madeira, implantado ao lado do edifício, no espelho d’água, símbolo do processo artesanal utilizado anteriormente na fabricação da aguardente.
O cilindro envidraçado - que abriga as áreas de serviços, elevadores e escadas - é encimado pelo heliponto. Ele é interceptado por um prisma triangular, forma que se contrapõe à horizontalidade do edifício anexo, do restaurante. A composiçãoacentua o ponto de tensão provocado pela estrutura atirantada do primeiro pavimento, que mantém livre o pilar triangular da extremidade.
O layout funcional foi orientado para situar as diretorias e seus respectivos apoios nos pavimentos superiores, ficando no térreo as atividades de maior contato com o público, como diretoria técnica e serviços administrativos. O mezanino foi ocupado pelo auditório, o primeiro pavimento pela diretoria e salas de reuniões e o segundo, pela sala da presidência e escritórios.
Uma passarela sobre o lago artificial conduz ao átrio de acesso, formado por parte do cilindro envidraçado, que articula visualmente os pavimentos superiores com o hall de entrada e com a paisagem circundante. Essa integração é reforçada pelo espelho d’água que invade a área da recepção, no térreo.
Nas fachadas, a rusticidade da cerâmica natural contrasta com as superfícies envidraçadas e com o coroamento do heliponto, revestido por painéis de alumínio e fibra de vidro nas faces arredondadas.
Texto resumido a partir de reportagem
de Éride Moura
Publicada originalmente em PROJETODESIGN 
Edição 260 Outubro de 2001

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