O principal índice da Bolsa de Valores de Nova York fechou a terça-feira acima dos 18 mil pontos, fato inédito desde que Wall Street começou a operar, há 118 anos.
O Dow Jones fechou em 18024 pontos. O S&P 500, outro indicador americano, também alcançou recorde, com 2082 pontos.
Segundo analistas, os números são consequência direta de um panorama macroeconômico sem sobressaltos e com perspectivas mais otimistas. Entenda quais são os quatro fatores que ajudam Wall Street a mostrar números históricos.
Crescimento rápido
Desde o terceiro trimestre de 2003, os Estados Unidos não viviam aceleração econômica tão robusta. O país cresce a uma taxa anual de 5%, segundo dados do terceiro trimestre deste ano, a evolução mais rápida em 11 anos. O crescimento supera os 3,9% previstos anteriormente.
O Departamento de Comércio indica que o PIB (Produto Interno Bruto) cresce impulsionado pelos gastos de consumidores e empresas.
Preço do petróleo
A economia americana está se beneficiando da queda dos preços do petróleo nos mercados internacionais, o que também ajuda a manter a inflação baixa.
Nos últimos 88 dias, o preço da gasolina tem caído nos Estados Unidos de maneira constante, a baixa de preços consecutiva mais longa da história do país, segundo dados da Associação Automotiva dos Estados Unidos.
A gasolina barata faz com que americanos estejam gastando dinheiro em outros bens, como carros, roupas e produtos eletrônicos.
Desemprego baixo
A economia dos Estados Unidos lutou para recuperar o vigor que tinha antes de 2007, quando estourou a bolha das hipotecas.
Quando a recessão acabou, em 2009, a taxa de crescimento não conseguiu voltar aos níveis anteriores. A média anual tem sido de 2,2%, comparados aos 3,3% de 2005.
Mas analistas acreditam que o crescimento americano começará a acelerar na medida que empresas adquiram mais confiança e comecem a contratar mais trabalhadores.
A taxa de desemprego já está caindo e a mais recente, em novembro, ficou em 5,8%. Mais pessoas trabalhando significa mais consumo, o pilar fundamental da economia americana.
O crescimento do consumo já fez o banco central do país, o Federal Reserve, anunciar que irá começar a subir a taxa de juros em 2015 para frear uma eventual curva inflacionária.
Confiança do consumidor
O estudo mais recente realizado pela Universidade de Michigan com a Thomson Reuters, sobre o nível de confiança do consumidor nos Estados Unidos, mostra os melhores números em oito anos.
O índice melhora desde agosto e saltou a 93,6 em novembro, melhor posição desde janeiro de 2007. Segundo os dados, a confiança se consolidou graças aos preços do petróleo e às melhores perspectivas de emprego e salários.
"Os consumidores mantiveram a perspectiva mais favorável da última década para a economia nacional", disse Richard Curtin, diretor da pesquisa. "O mais importante é que, em 2014, o crescimento de empregos e salários foi amplo em todos os subgrupos da população e todas as regiões."
Fonte http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/12/141224_wall_street_recorde_jg
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