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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Custo da energia ameaça frear economia, alertam analistas


Atualizado em  31 de julho, 2014 - 12:50 (Brasília) 15:50 GMT
Linhas de transmissão de energia (Agência Brasil)
Governo nega que haja risco de apagão ou 'crise no sistema'
O alto custo da eletricidade no Brasil e incertezas sobre o abastecimento desse insumo ameaçam tornar-se mais um freio para a economia, alertam analistas consultados pela BBC Brasil.
De acordo com Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), é difícil quantificar com precisão o impacto dessa combinação sobre o PIB, "mas ele certamente será significativo, principalmente na indústria".
"Já temos até empresas inadimplentes, que ameaçam fechar as portas por não estarem preparadas para esse aumento em seus custos de energia."
A seca e o baixo nível dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste fizeram o preço da energia elétrica no mercado de curto prazo - o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) - bater seu valor máximo (permitido por lei) de R$ 822 o megawatt hora (MWh) no primeiro semestre (caindo para algo em torno de R$ 700 nas últimas semanas).
Em parte isso ocorre porque, sem chuvas, é preciso acionar usinas termelétricas, cujo custo de operação é maior.
Para se ter uma ideia, em períodos de chuvas regulares, dentro da média histórica, o preço da energia nesse mercado costuma ficar abaixo dos R$ 100 o MWh. Há três anos, rondava os R$ 30.
Em meio a uma alta tão acentuada, começaram a vir à tona notícias de empresas eletrointensivas que, para amenizar as perdas causadas pela desaceleração econômica e demanda fraca, estão vendendo seu excedente de energia no mercado de curto prazo - e lucrando mais do que se estivessem produzindo.

Venda de energia

"Em geral são empresas que usam muita energia, como produtoras de alumínio, ferroligas e cloro-soda", explica Ildo Sauer, diretor do Instituto de Energia e Ambiente da USP.
"Algumas são sócias em usinas ou têm contratos antigos de compra de energia, que lhes garantem um suprimento do insumo a preços mais baixos."
Além disso, o alto custo no mercado de curto prazo também estaria afetando a negociação de contratos de médio e longo prazo, como explica Leontina Pinto, diretora da consultoria Engenho e ex-pesquisadora do Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel).
Segundo Pinto, um cenário de "incertezas" sobre o suprimento energético estaria levando muitas empresas a revisar seus planos de investimentos.

Itaipu (Thinkstock)
Hidrelétricas respondem por maior parte da energia consumida no Brasil
"Para começar, com a alta do preço a curto prazo, ninguém vende a longo prazo - então não há energia para quem quer manter a produção", diz ela.
"Além disso, com a ameaça de racionamento, muitas indústrias optaram por não esperar o possível 'apagão' e já decidiram reduzir a sua produção no país, substituindo-a por importações ou remanejando a produção para o exterior - o que é um duro golpe na indústria, e pode ter consequências muito severas para a economia."

Opiniões divergentes

O tema, porém, é controverso. Para Walter de Vitto, da consultoria Tendências, por exemplo, não surpreende que o alto preço da energia estimule as empresas a cortar o consumo.
"De certa forma, esse é um mecanismo de autorregulação do setor: com menos consumo, os preços tendem a cair."
Segundo De Vitto, apesar do atraso na construção de algumas usinas, estão sendo tomadas ações adequadas para a expansão do sistema elétrico e os custos altos de energia são um problema essencialmente conjuntural.
O nível dos reservatórios das usinas do Sudeste/Centro-Oeste, que concentram 70% da capacidade de armazenamento do país, hoje está em 35%, contra 62% de julho do ano passado.
"O problema é que esse mecanismo de ajuste do consumo ao preço só existe no mercado livre, que atende grandes consumidores", opina de Vitto.
"No (mercado) regulado, a distribuidora está bancando esse aumento de custo e só vai repassar as perdas para os consumidores na revisão das tarifas."

Mercado

No Brasil, os grandes consumidores compram energia elétrica das geradoras no chamado mercado livre, não regulado pelo governo e nos quais as condições dos contratos são definidas livremente.
Já as distribuidoras que abastecem residências, comércios, pequenas indústrias e serviços adquirem o insumo no mercado cativo (ou regulado), em leilões nos quais as condições de preço são determinadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Os contratos desses dois mercados são registrados na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que mede a energia efetivamente produzida e consumida por cada agente do sistema elétrico.
Quem consumiu mais do que contratou paga a diferença pelo PLD no chamado mercado de curto prazo. E quem consumiu menos, recebe pelo mesmo preço, cujo cálculo considera a disponilibidade de água para a produção de energia (ver esquema abaixo).
grafico - sistema elétrico
"Como algumas distribuidoras não tinham contratado toda a energia utilizada, acabaram com uma conta bilionária com a alta do PLD", explica de Vitto.
Em abril, o governo intermediou um empréstimo de R$ 11,2 bilhões para ajudar as distribuidoras e agora articula outro de R$ 6,5 bilhões.
"Tais custos terão de ser repassados para os consumidores, por isso em 2015 prevemos um aumento da tarifa de energia elétrica de 20% a 25%, que representaria um impacto de 0,54 a 0,68 ponto percentual na inflação", diz o especialista da Tendências.

'Peça de ficção'

O Ministério de Minas e Energia nega que seja necessário um reajuste de tal magnitude para acomodar as perdas das distribuidoras - só admite um aumento de 2,6% em 2015.
Segundo Márcio Zimmermann, secretário-executivo do ministério, "é peça de ficcção falar em crise energética no Brasil" e a prova da "saúde" do sistema seria a atração de um grande volume de investimentos para sua expansão.
O ministério também não vê risco de racionamento - ou problema na venda de energia por empresas eletrointensivas.
"Se elas não usam a energia contratada podem vendê-la - essas são as regras do jogo", diz.
A Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace) concorda com esse ponto de vista e nega que haja empresas parando de produzir para vender energia.
Fábrica (Thinkstock)
Produtoras de alumínio estão entre as grandes consumidoras de energia
"Isso não faria sentido do ponto de vista estratégico - mas se por um motivo ou outro sobra energia, é direito das empresas vender esse insumo", diz Camila Schoti, coordenadora de energia da Abrace.
A associação, porém, reclama dos efeitos do alto preço da eletricidade sobre a competitividade da indústria nacional.
"Países como França e Canadá têm políticas bem-sucedidas de redução do custo desse insumo para a indústria", exemplifica Schoti. "A falta de chuvas de fato é uma questão conjuntural, mas seria importante adotar estratégias de longo prazo que reduzissem os encargos para as empresas ness área."

Solução

Não está claro até que ponto um aumento do volume de chuvas representaria uma solução definitiva para a questão.
Para Sauer, por exemplo, a hidrologia atípica apenas expôs problemas estruturais do atual sistema elétrico brasileiro.
Ele opina que o governo teria errado, por exemplo, ao tentar impor uma redução de tarifas, sem garantir uma queda nos custos das distribuidoras.
"O sistema deveria ser planejado de modo a não depender de mais ou menos chuva", diz ele. "O país tem recursos eólicos e hidráulicos suficientes para dobrar seu consumo de energia, mas para isso são necessários investimentos e uma gestão mais racional do sistema."
Já para de Vitto, o sistema parece ser relativamente adequado às necessidades energéticas brasileiras.
"O que essa crise conjuntural está mostrando é que talvez seja interessante um colchão financeiro para amenizar a variação de preços."

Fonte http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/07/140721_sistema_eletrico_ru.shtml

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Economia dos EUA cresce 4% no segundo trimestre

30/07/2014 09h31 - Atualizado em 30/07/2014 10h30

PIB se recuperou após perda de 2,1% no trimestre anterior.
Gastos de famílias e investimentos privados puxaram alta.

Do G1, em São Paulo
PIB DOS ESTADOS UNIDOS
Variação trimestral anualizada (em %)
2,71,84,53,5-2,141º tri/20132º tri/20133º tri/20134º tri/20131º tri/20142º tri/2014-2024-46
Fonte: Departamento do Comércio dos EUA
A economia dos Estados Unidos cresceu 4% no segundo trimestre, em taxas anuais, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Departamento do Comércio. O número mostra recuperação da economia do país após a queda de 2,1% registrada no Produto Interno Bruto (PIB) no trimestre anterior (dados revisados).
O crescimento é o maior desde o terceiro trimestre de 2013, quando o PIB norte-americano teve alta de 4,5%. Os números divulgados nesta quarta são uma primeira estimativa, e ainda passarão por revisões nos próximos meses. Em valores correntes – o valor de mercado da produção de bens e serviços do país – o PIB cresceu US$ 250,7 bilhões no segundo trimestre, para US$ 17,295 trilhões.
Segundo o Departamento do Comércio, o crescimento do PIB no segundo trimestre reflete principalmente contribuições positivas dos gastos das famílias, investimentos privados, exportações, investimentos fixos não residenciais, gastos de governos locais e estaduais e investimentos residenciais.
Contribuições
O consumo das famílias teve crescimento de 2,5% no segundo trimestre, acima da expansão de 1,2% nos três meses anteriores. O consumo de bens duráveis, como carros e eletrodomésticos, cresceu 14%, enquanto o de não duráveis, como alimentos e roupas, teve alta de 2,5%.
O investimento não residencial cresceu 5,5%, enquanto o investimento em equipamentos teve alta de 7%. Já o investimento residencial cresceu 7,5%, após uma queda de 5,3% no trimestre anterior.
Os dados do Departamento do Comércio mostram que a exportação de bens e serviços cresceu 9,5%, recuperando uma queda de 9,2% no primeiro trimestre. As importações, no entanto – que contam negativamente no cálculo do PIB – também voltaram a crescer, com uma alta de 11,7%. 
Os gastos do governo federal tiveram queda de 0,8%, apesar da alta de 1,1% dos gastos com defesa. Os gastos dos governos locais e estaduais, no entanto, tiveram alta de 3,1%.

Fonte http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/07/economia-dos-eua-cresce-4-no-segundo-trimestre.html

Restaurantes se adaptam para atrair clientes sozinhos


Atualizado em  28 de julho, 2014 - 07:20 (Brasília) 10:20 GMT
Eenmaal (Divulgação)
No Eenmaal, só há mesas para clientes desacompanhados
Até algum tempo atrás, jantar sozinho era praticamente sinônimo de pedir qualquer coisa gordurosa para viagem ou escolher um prato no serviço de quarto do hotel.
Com tais opções, evitava-se o constrangimento de se sentar para comer em um restaurante sem companhia - e o risco de ser visto como um "fracassado, sem amigos".
Mas com um número crescente de pessoas morando sozinhas, alguns restaurantes nos EUA, Canadá e Europa já estão se adaptando para atrair esses clientes e acabar com o estigma associado àqueles que pedem "mesa para um".
Só nos Estados Unidos, hoje um em cada sete adultos vive sozinho.
Aaron Allen, especialista de uma empresa da Flórida que presta consultoria para restaurantes de diversos países, diz que são crescentes os esforços para tornar os estabelecimentos mais acolhedores para esse público.
Entre as estratégias adotadas com tal objetivo estariam, segundo Allen, a instalação de mais assentos de frente para o balcão do bar ou cozinha e o treinamento de funcionários para que sejam mais atenciosos com os clientes desacompanhados.

Prazer de comer

Para o empresário restaurateur Stephen Beckta, de Ottawa, um cliente sozinho é "o maior elogio que um restaurante pode receber".
"Os clientes desacompanhados escolhem nossos estabelecimentos pelo simples prazer de comer - e não porque marcaram um encontro com alguém ou estão participando de uma celebração. Então porque não acolhê-los?"
Seus três restaurantes - o Beckta, o Play e o Gezellig - estão entre os que mais atraem pessoas desacompanhadas na capital canadense.
Além de contar com um grande número de assentos ao balcão, os três estabelecimentos também têm menus degustação, que permitem aos clientes desacompanhados se entreter com pequenas porções de até oito pratos durante o almoço ou jantar.
Os garçons estão sempre prontos para uma conversa com quem está sozinho - mas também evitam incomodar quem não está para muito papo.
"Se você vai jantar sozinho, minha sugestão é que deixe claras suas preferências", diz Beckta.
"Uma mesa num canto discreto? Um lugar no balcão? Está disposto a conversar ou não quer ser incomodado? Um bom restaurante sempre quer agradar o cliente."

Top of the Market (Divulgação)
No Top of the Market, os cozinheiros fazem um "show" para os clientes sentados ao balcão

Mudanças sociais

Allen diz que há uma série de fenômenos sociais por trás do aumento no número de clientes desacompanhados.
"As taxas de divórcio estão crescendo e as pessoas estão esperando mais tempo antes de se casar", observa.
"(Como resultado), não só há mais sozinhos no mercado como eles têm mais para gastar com alimentação e a vida em geral."
Os dados oficiais confirmam que o potencial poder de compra dos que vivem sozinhos.
Nos Estados Unidos, por exemplo, o Escritório de Estatísticas do Trabalho calcula que eles gastem US$ 1,9 trilhão por ano.
Em Nova York e Paris, mais da metade das casas é ocupada por apenas um morador. Em Londres, essa taxa é de quase um terço. Em Estocolmo, quase 60% dos habitantes moram sozinhos.
É claro que muitas dessas pessoas também saem para comer com amigos e parentes, mas cada vez mais são frequentes os que não se importam de reservar uma mesa "para um".

Show no balcão

O chef Ivan Flores foi contratado no ano passado pelo restaurante Top of the Market, em San Diego, nos Estados Unidos, para fazer mudanças com o objetivo de aumentar o número de pessoas que jantam sozinhas no estabelecimento.
A impressão que ele tinha era que, apesar de o restaurante já ter uma série de assentos em um balcão do qual se podia observar a cozinha, eles não eram muito requisitados porque não havia interação entre os chefs e os clientes.
Hoje, segundo Flores, as pessoas desacompanhadas se sentam nesses lugares para comer "vendo um show", que inclui demonstrações de técnicas de culinária, degustações gratuitas e conversas com os chefs.
"Nossos clientes sozinhos adoram assistir aos cozinheiros profissionais em ação. E quando há uma pausa, eles começam a fazer perguntas como: 'Eu fiz esse prato outro dia, mas como posso evitar que queime?'", diz Flores.
O chef conta que às vezes ele e seus colegam anotam o e-mail de clientes para passar informações nas quais eles estão interessados.
"Fazemos de tudo para que tenham uma noite memorável", diz Flores.
"Nossos clientes desacompanhados se esquecem de que estão sozinhos. Na realidade, deixam de estar sozinhos no momento em que pisam em nosso restaurante."

Só mesas individuais

Já para aqueles que realmente querem se sentir sozinhos, há o Eenmaal, um restaurante em Amsterdã que só tem mesas para uma pessoa.
Criado pela designer holandesa Marina van Goor, o restaurante lotou todas as noites desde que foi inaugurado, no ano passado.
Ainda este ano, serão abertas filiais na Antuérpia, em Londres, Berlim e Nova York.
"Percebi que, em nossa sociedade, não há muitos lugares para se ficar sozinho em um espaço público, a menos que você esteja indo para algum lugar", diz Van Goor.
"Queria criar um espaço atraente, onde estar 'desconectado' fosse bom", diz ela.
"Escolhi apostar em um restaurante porque comer sozinho é a forma mais extrema de se sentir desconectado de nossa cultura."

Fonte http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/07/140722_jantar_sozinho_ru.shtml

terça-feira, 29 de julho de 2014

FMI alerta para riscos potenciais ao crescimento mundial



By Anna Yukhananov
WASHINGTON (Reuters)
Taxas de juros muito mais altas ao redor do mundo podem se juntar ao crescimento mais fraco em mercados emergentes para cortar até 2 pontos percentuais do crescimento global nos próximos cinco anos, informou o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta terça-feira.
Em seu relatório anual sobre como políticas individuais podem afetar a economia mundial, o FMI também alertou que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia podem reverberar para o resto da região se as sanções contra a Rússia aumentarem, atingindo o fornecimento de gás natural à Europa e bancos europeus.
Na pior das suas hipóteses, o FMI informou que os Estados Unidos e o Reino Unido poderiam apertar a política monetária antes do esperado, levando a taxas mais altas ao redor do mundo, mesmo enquanto importantes mercados emergentes desaceleram outro 0,5 ponto percentual durante os próximos três anos.
Os dois acontecimentos podem reforçar um ao outro, causando crescimento mais lento e afetando em particular os mercados emergentes com grandes desequilíbrios econômicos, como a Argentina, o Brasil, a Rússia e a Turquia.
O FMI informou que a expansão mais lenta nos países em desenvolvimento, há muito tempo o motor da recuperação global, deve-se cada vez mais provavelmente a fatores estruturais, e não cíclicos.
O FMI reduziu as projeções de crescimento para mercados emergentes em 2 pontos percentuais nos últimos quatro anos. O Fundo espera agora que o crescimento deles desacelere para 5 por cento durante os próximos cinco anos, ante média de expansão de 7 por cento de 2003 a 2008.
"Dada a significativa e crescente contribuição (dos mercados emergentes) à economia global durante as últimas décadas, sua recente desaceleração pode ter implicações abrangentes para o resto do mundo", trouxe o FMI no relatório.
O ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega, rebateu as avaliações do FMI, classificando-as como inconsistentes. Para ele, o mercado financeiro nacional é sólido e existe baixa volatilidade do câmbio, acrescentando ainda que o Brasil continua sendo um país atraente aos investimentos estrangeiros diretos produtivos.
"Não faz sentido a conclusão desse relatório, de que o Brasil é um país frágil", disse ele a jornalistas em Brasília.
Os mercados emergentes afetam o resto do mundo na maior parte através de canais comerciais e financeiros. Uma desaceleração de 1 ponto percentual em mercados emergentes leva à perda de 0,25 ponto percentual nas economias avançadas, de acordo com o FMI.
Uma desaceleração em importantes mercados emergentes, especialmente o Brasil, a Rússia, a China e a Venezuela também teria grande impacto em suas regiões, através de canais como preços de petróleo e remessas.
Fonte http://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2014/07/29/fmi-alerta-para-riscos-potenciais-ao-crescimento-mundial.htm

Mantega critica relatório do FMI que diz que economia brasileira é frágil


São Paulo, 29 jul (EFE)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, criticou nesta terça-feira o relatório anual de avaliação de efeitos colaterais do Fundo Monetário Internacional (FMI) que classifica a economia do Brasil como uma das "cinco frágeis", e assegurou que o país possui um sistema financeiro sólido.

"O sistema financeiro no Brasil é sólido, pouco alavancado, o que nos permitiu atravessar as turbulências provocadas pelo Fed (Banco Central dos Estados Unidos, que reduziu os estímulos monetários à economia). Não faz sentido a conclusão desse relatório", afirmou o ministro em Brasília sobre a lista que inclui ainda Índia, Turquia, Indonésia e África do Sul.

Mantega afirmou que a moeda brasileira teve valorização de 9,4% nos últimos seis meses e a bolsa subiu 21,25% no mesmo período, em parte, por investimentos de estrangeiros.

De acordo com Mantega, os analistas responsáveis pelo relatório cometeram o mesmo erro do início do ano quando falavam da chegada de uma "tempestade perfeita" na economia brasileira.

"Com atraso, o FMI repete o mesmo erro que foi cometido por outros analistas", comentou.

Perguntado sobre a Argentina, um dos principais parceiros comerciais do Brasil, Mantega garantiu que não acredita na quebra do país vizinho. 

Fonte http://economia.uol.com.br/noticias/efe/2014/07/29/mantega-critica-relatorio-do-fmi-que-diz-que-economia-brasileira-e-fragil.htm

EUA e UE aplicarão novas sanções para minar a economia da Rússia


Atualizado em  29 de julho, 2014 - 17:35 (Brasília) 20:35 GMT
Barack Obama (AP)
Junto com a UE, os EUA vêm pressionando a Rússia por meio de sanções desde o início do conflito
A União Europeia (UE) e os Estados Unidos aplicarão novas sanções econômicas contra a Rússia, por conta do envolvimento no conflito no leste da Ucrânia, onde rebeldes estão enfrentando o governo local.
A nova leva tem como alvo os setores de petróleo, equipamentos de defesa, de tecnologia e de finanças. O objetivo é elevar o custo do apoio dado pela Rússia a rebeldes pró-Moscou na Ucrânia e enfraquecer a economia do país.
"Dissemos que, se a Rússia continuasse nesse caminho, haveria um custo crescente. Hoje, estamos cumprindo essa promessa. A previsão de crescimento da Rússia para este ano é quase nula", disse o presidente americano Barack Obama em pronunciamento na tarde desta terça-feira, na Casa Branca.
"Não precisa ser assim, mas essa é a escolha da Rússia e do presidente (Vladimir) Putin. Há uma outra escolha: a Rússia se unir ao resto do mundo na busca por uma solução diplomática."
Moscou nega as acusações feitas pela UE e pelos Estados Unidos de que estaria fornecendo armamentos pesados aos rebeldes.

Pressão

MH17 (Reuters)
Avião derrubado por míssil no leste da Ucrânia levou a maior pressão por sanções
Os detalhes das novas sanções aplicadas pela UE - que foram aprovadas pelos embaixadores de seus 28 Estados - virão à tona em um comunicado oficial que deve ser feito na quarta-feira.
A UE também provavelmente anunciará novos nomes de autoridades russas que terão os bens congelados e ficarão proibidas de viajar na Europa.
A pressão por uma ação mais energética dos Estados Unidos e da UE aumentou depois que o voo MH17 foi derrubado enquanto sobrevoava o leste da Ucrânia, no dia 17 de julho, causando a morte das 298 pessoas a bordo, muitas das quais eram cidadãos holandeses.
Uma equipe internacional não conseguiu ter acesso ao local da queda, em meio a intensos combates entre forças do governo ucraniano e os rebeldes.
Governos ocidentais dizem acreditar que os separatistas pró-Rússia derrubaram o avião com um míssil russo. Moscou e os rebeldes negam e culpam o Exército ucraniano.
Em pronunciamento feito em Washington, o secretário de Estado americano, John Kerry, exigiu que os rebeldes e a Rússia deem acesso total ao local da queda aos investigadores.
"Eles sequer conseguiram recuperar todos os corpos, e isso é inaceitável e insuportável para as famílias", disse Kerry. "O local tem de ser isolado. As provas têm de ser preservadas. E a Rússia precisa usar sua influência diante dos separatistas para garantir o mínimo de decência."

Ofensiva

Separatistas (Reuters)
Governo ucraniano tenta cercar rebeldes em conflito no leste do país
As tropas ucranianas continuam a ofensiva para cercar os rebeldes na região de Donetsk.
Ao menos dez soldados ucranianos e 22 civis, entre eles três crianças e cinco pessoas que estavam em um asilo para idosos, foram mortos nas últimas 24 horas.
Segundo Gavin Hewitt, correspondente da BBC, a revolta com o bloqueio do acesso de investigadores internacionais foi crucial no anúncio de novas sanções.
"Também há o fato de que, desde o incidente, a Rússia vem permitindo que armas pesadas sejam levadas para a Ucrânia por suas fronteiras", afirma Hewitt.
"A Europa tinha de agir em nome de sua própria credibilidade e pode ter que ir ainda mais longe para garantir que Vladimir Putin e seu círculo interno entendam que suas ações têm consequências."
Ainda não está claro qual será a reação russa.
Na última segunda-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, pediu aos líderes da sua indústria de equipamentos de defesa que fosse reduzida a dependência de componentes e fornecedores estrangeiros, que devem ser substituídos por alternativas nacionais.
E o ministro de Relações Exteriores, Sergeu Lavrov, disse que a Rússia não retaliará nem "cairá na histeria".

Fonte http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/07/140729_sancoes_russia_ucrania_rb.shtml

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Por produtividade, Seul permitirá soneca no trabalho


Atualizado em  28 de julho, 2014 - 07:39 (Brasília) 10:39 GMT
Getty
Funcionários poderão usar salas e outros espaços para soneca
A prefeitura de Seul, capital da Coreia do Sul, vai permitir que os funcionários públicos cochilem por até uma hora após o almoço.
A medida faz parte de um esforço para aumentar a produtividade dos trabalhadores durante os meses do verão no hemisfério norte.
A partir de 1º de agosto, os trabalhadores terão a opção de tirar uma soneca entre as 13h e as 18h, contanto que ajustem o horário do expediente, chegando mais cedo ou saindo mais tarde.
É preciso ainda avisar o chefe logo pela manhã sobre suas intenções - e ele precisa concordar com a soneca. "Os funcionários poderão usar salas e outros espaços para descansar", disse um porta-voz da prefeitura.
"Alguns exemplos pioneiros de dar aos funcionários a possibilidade de cochilar durante o verão mostraram um resultado mais produtivo do que sem ele", disse à BBC Brasil o pesquisador Kiu Sik Bae, do Instituto Coreano do Trabalho.
Segundo o jornal The Korean Times, é a primeira vez que um esquema como este é introduzido no país.
A justificativa, segundo divulgou a mídia local, é que as pessoas tendem a perder o foco no início da tarde e depois do almoço, principalmente durante o verão.
"Muitos relatórios de saúde mostram que tirar uma soneca à tarde ajuda os trabalhadores a melhorar o desempenho e estimular a criatividade", escreveu o periódico.

Ceticismo

A ideia implantada pelo governo de Seul não é inédita. Grandes empresas, como Google, Nike, Procter & Gamble e Cisco já encorajam os funcionários a tirar um cochilo.
Na Espanha e em alguns países sul-americanos, a siesta é uma tradição comum.
A mídia sul-coreana e muitos críticos, no entanto, estão céticos quanto aos resultados da medida no país, por causa da cultura empresarial local.
Pedir permissão para tirar uma soneca fora do horário do almoço é considerado quase uma afronta.
"A maioria dos chefes não vai permitir que seus funcionários desfrutem de uma soneca durante o período do trabalho", acredita Kiu.
"Eles podem pensar que isso vai fazer a pessoa perder o respeito e a moral no trabalho", acrescentou o pesquisador.

Longa jornada

A Coreia do Sul é conhecida por ter uma das mais longas jornadas de trabalho diária no mundo.
Segundo dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os sul-coreanos trabalham em média 2.092 horas por ano. É a terceira maior carga horária entre os países membros.
Porém, a produtividade é de apenas 66% da média entre os membros da OCDE, e menos da metade quando comparada com a dos Estados Unidos.

Fonte http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/07/140728_cochilo_seul_et_lab.shtml