Ontem fui ao aniversário de 90 anos do tio Zé.
Em um certo momento, do alto de sua sabedoria, ele virou-se para a esposa e disse:
Em um certo momento, do alto de sua sabedoria, ele virou-se para a esposa e disse:
- Ivo, acho
que estou ficando velho!
O tio Zé é assim, evangeliza somente com sua presença. Ele é
o viver no presente a Parábola dos Talentos.
A Vida é o grande ensinamento e o maior Valor que recebemos
de Deus. É um dom insuperável a ponto de ter sido transformada em parábola por
Jesus para que os seus o compreendessem.
O tio Zé, como todos nós, recebeu este dom da Vida, que tanto
valorizou e começou a perceber com 90 anos que esta ficando velho.
Com certeza esta percepção fez com que ele fizesse, dentro
do seu coração, uma revisão de tudo o que plantou e tudo o que produziu neste
longo tempo. E sua satisfação foi plena porque para ele agora é que começou a
velhice.
Dentro do seu coração pulsa a alegria de poder prestar
contas com Aquele que lhe deu a Vida, os Talentos que prega a parábola.
E ele sabe que vai pode dizer:
- Deste-me
10 e aqui tem mais 10!
Olhando para este homem, sinto uma imensa necessidade de
saborear seus conhecimentos!
Mas, só no olhar para ele, e poder contemplar a sua alegria
em reunir toda a família, ver ali, colado a ele seus frutos, todos frutificando
em terreno fértil, me satisfazem o prazer de poder ser evangelizado no Silêncio.
Alvaro de Oliveira
Fortaleza, 18/03/2012
Parábola dos talentos (Lc 19,12-27) –
14«Será também como um homem que, ao partir para fora,
chamou os servos e confiou-lhes os seus bens. 15A um deu cinco talentos, a
outro dois e a outro um, a cada qual conforme a sua capacidade; e depois
partiu.
16Aquele que recebeu cinco talentos negociou com eles e
ganhou outros cinco. 17Da mesma forma, aquele que recebeu dois ganhou outros
dois. 18Mas aquele que apenas recebeu um foi fazer um buraco na terra e
escondeu o dinheiro do seu senhor.
19Passado muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e
pediu-lhes contas. 20Aquele que tinha recebido cinco talentos aproximou-se e
entregou-lhe outros cinco, dizendo: 'Senhor, confiaste-me cinco talentos; aqui
estão outros cinco que eu ganhei.' 21O senhor disse-lhe: 'Muito bem, servo bom
e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo
do teu senhor.'
22Veio, em seguida, o que tinha recebido dois talentos:
'Senhor, disse ele, confiaste-me dois talentos; aqui estão outros dois que eu
ganhei.' 23O senhor disse-lhe: 'Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em
coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.'
24Veio, finalmente, o que tinha recebido um só talento:
'Senhor, disse ele, sempre te conheci como homem duro, que ceifas onde não
semeaste e recolhes onde não espalhaste. 25Por isso, com medo, fui esconder o
teu talento na terra. Aqui está o que te pertence.' 26O senhor respondeu-lhe:
'Servo mau e preguiçoso! Sabias que eu ceifo onde não semeei e recolho onde não
espalhei. 27Pois bem, devias ter levado o meu dinheiro aos banqueiros e, no meu
regresso, teria levantado o meu dinheiro com juros.' 28'Tirai-lhe, pois, o
talento, e dai-o ao que tem dez talentos. 29*Porque ao que tem será dado e terá
em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. 30*A esse
servo inútil, lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de
dentes.'»
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