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terça-feira, 8 de agosto de 2023

Drex: entenda nova moeda digital do país - 08.08.2023

'Faz um Drex?': entenda a diferença entre a nova moeda digital e o PIX

Nome oficial da nova moeda foi anunciado pelo BC nesta segunda-feira (7). Recurso deve ser liberado ao público até o fim de 2024.


Por André Catto*, g1

08/08/2023 04h00 Atualizado há 3 horas





'Drex': o que é a nova moeda digital brasileira?



O Drex — nome do novo Real Digital, que foi revelado pelo Banco Central nesta segunda-feira (7) — gerou uma série de dúvidas sobre suas diferenças em relação ao PIX.


Logo após sua divulgação, por exemplo, internautas passaram a brincar nas redes sociais: "Faz um Drex?" — em referência ao envio de dinheiro via PIX.


Apesar de ser considerado "primo" do PIX por sua relação tecnológica, o novo recurso, que deve ser liberado ao público até o fim de 2024, possui diferenças. Mas quais?


PERGUNTAS E RESPOSTAS: O QUE SE SABE SOBRE A NOVA MOEDA DIGITAL


A primeira — e principal — está na essência de cada uma das tecnologias: enquanto o PIX é uma ferramenta de transações instantâneas, o Drex é a própria moeda em si — e a primeira moeda virtual oficial do Brasil.



Assim, o PIX é um meio pelo qual é possível transferir dinheiro. Já o Drex é o próprio dinheiro a ser transferido. A nova moeda digital poderá ser utilizada tanto para "fazer um PIX" quanto para realização de pagamentos ou transferências por meio de outras modalidades já existentes.



Entenda o Drex a partir dos pontos abaixo:


Funcionalidades do Drex
Como irá funcionar o novo recurso?
O projeto



Funcionalidades do Drex




O projeto da nova moeda também prevê a compra e venda de títulos públicos, em parceria com o Tesouro Nacional. Será possível, portanto, comprar e vender esses títulos usando o Real Digital.


Especialistas ainda reforçam que a chegada da nova moeda deverá trazer acesso a novos serviços financeiros digitais, como é o caso dos contratos inteligentes (também conhecidos como smart contracts).


Além disso, o Drex será usado em outros serviços, como empréstimos, seguros e investimentos.



“Estamos usando essa tecnologia para facilitar o acesso a serviços financeiros. Quando você tem o valor registrado e acessível de maneira simples e confiável (...), você baixa o custo e democratiza acesso ao serviço”, afirmou o coordenador do projeto no Banco Central, Fabio Araújo.




Outra diferença em relação ao PIX é que o Real Digital deve ter um custo de uso. Contudo, o coordenador da iniciativa diz que os custos das operações financeiras, como são feitas hoje, serão diminuídos com o Real Digital.


“Tem um custo, mas esse custo parece que será muito mais barato. Estamos trabalhando para construir essa tecnologia de forma que seja muito mais barata do que aquilo que temos disponível atualmente”, disse Araujo.


DREX DE SOROCABA: Dono de loja de embalagens xará da moeda digital vê vantagem com coincidência









Drex: entenda nova moeda digital do país


Como irá funcionar o novo recurso?




Na prática, o Real Digital servirá como uma nova expressão das cédulas físicas, já emitidas pelo BC, e será garantido pelos mesmos fundamentos e pelas mesmas políticas econômicas que determinam o valor e a estabilidade do real convencional.


A autoridade monetária destaca que uma das diretrizes para o desenvolvimento da moeda digital é a interoperabilidade (capacidade de um sistema se comunicar com outro de forma transparente) com os meios de pagamento hoje disponíveis à população.


Além das transferências via PIX, os usuários poderão fazer pagamentos em lojas, por meio do seu prestador de serviço de pagamentos — banco, instituição de pagamento ou outra instituição que venha a ser autorizada pelo BC para tal.


Além disso, o usuário também poderá transferir reais digitais para outras pessoas, transformá-los em depósito bancário convencional e sacá-los em formato físico, além de pagar contas, boletos e impostos.



"Ou seja, poderá movimentar seus Reais Digitais da mesma forma que você movimentaria seus recursos hoje depositados nos bancos", afirmou o BC em nota.



O projeto




O Real Digital ainda está em fase de testes e não tem um cronograma oficial de lançamento. A expectativa é que a nova moeda seja liberada para o público no fim de 2024, segundo o coordenador da iniciativa do real digital pelo BC, Fabio Araújo.


O tema tem sido discutido pelo BC há anos. Em 2020, por exemplo, a autarquia organizou um grupo de trabalho para estudar a emissão de uma moeda digital brasileira, tendo divulgado as diretrizes gerais do projeto em maio de 2021.


A nova moeda:


será emitida pelo próprio BC, como uma extensão da moeda física, com a distribuição ao público intermediada pelos bancos e instituições de pagamento;
sua custódia ficará no Banco Central;
poderá ser trocada pelo real tradicional (em notas), e vice-versa, mas o foco serão as transações financeiras;
a cotação frente a outras moedas também será a mesma;
não será permitido que os bancos emprestem esses recursos a terceiros — como acontece atualmente com o real físico — e depois os devolva aos clientes;
não haverá remuneração, ou seja, os recursos não terão uma correção automática;
haverá uma garantia da segurança jurídica, cibernética e de privacidade nas operações.




Segundo Fabio Araújo, coordenador da iniciativa, a expectativa é que a nova moeda permita que os produtos que já existem no sistema financeiro sejam oferecidos com uma "variedade maior", atendendo de forma mais específica as necessidades dos usuários e a um custo mais baixo.



De acordo com o especialista do BC, a ideia é que o usuário abra o aplicativo bancário ou da sua instituição financeira de preferência e encontre várias opções de um mesmo serviço financeiro, que sejam "mais adequadas" em termos de perfil e custos do que as disponíveis atualmente.


Voltar ao início.


*Com informações de Isabela Bolzani e Lais Carregosa, do g1.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Como ter 'muito dinheiro' virou dor de cabeça para sistema de aposentadoria da Islândia


  • Redação
  • BBC News Mundo
Dois torcedores com os rostos pintados com a bandeira da Islândia

CRÉDITO,REUTERS

Legenda da foto,

Volume de recursos equivale a quase o dobro do PIB da pequena ilha no Atlântico Norte

Construir um dos mais bem-sucedidos sistemas previdenciários do mundo trouxe um desafio inusitado para a Islândia.

O volume de recursos arrecadado com as contribuições atingiu um volume tão grande que o país se viu diante da necessidade de discutir o melhor caminho para investir o dinheiro que financia as aposentadorias dos islandeses.

Com ativos que chegam a quase o dobro do tamanho da economia da ilha, localizada no Atlântico Norte, o governo liderado pela ambientalista e ecologista Katrín Jakobsdóttir está aventando a ideia de permitir que as empresas que administram fundos de previdência façam mais investimentos no exterior. Atualmente, a legislação limita o percentual a 50%.

"O sistema ficou grande demais", disse o ministro das Finanças, Bjarni Benediktsson, em coletiva à imprensa local em dezembro.

"Nem é preciso dizer que não podemos limitar todas as oportunidades de investimento ao mercado interno", completou.

'Consequência do próprio sucesso'

Com um montante de recursos de cerca de US$ 50 bilhões, equivalente a algo próximo de 200% do Produto Interno Bruto (PIB), "o sistema agora enfrenta as consequências do seu próprio sucesso", diz Hans van Meerten, professor de direito previdenciário europeu da Universidade de Utrecht, na Holanda, em entrevista à BBC Mundo, serviço em língua espanhola da BBC.

A Islândia tem um sistema previdenciário de contribuição obrigatória, explica o pesquisador, como muitas economias da Europa. A participação, contudo, é compulsória mesmo para trabalhadores autônomos, acrescenta van Meerten, enquanto na maioria dos países europeus não é obrigatória.

Islandesas tiram selfie em frente ao mar

CRÉDITO,GETTY IMAGES

Legenda da foto,

Idade mínima para aposentadoria no país é de 67 anos no setor privado e de 65 no público

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Diferente de países como a Holanda, o país também dá mais liberdade no momento da escolha de um fundo de previdência por parte dos contribuintes.

Esse tipo de característica acaba distinguindo o sistema de quase todos os demais.

O sistema previdenciário do país se tornou "o melhor sistema de pensões do mundo" em outubro, segundo o Global Pension Index elaborado pelo Mercer-CFA Institute, uma medida reconhecida que compara todos os anos os sistemas de aposentadoria em 43 países, representando cerca de 65% da população mundial.

O ranking atribui diferentes valores de pontuação distribuídos entre três categorias principais: suficiência do sistema (cujo peso é de 40% na avaliação), sustentabilidade (35%) e ambiente regulatório (25%).

Em 2021, a Islândia alcançou 84,2 pontos, o melhor desempenho da lista, tendo como pontos fortes o que foi considerada uma previdência pública "relativamente generosa", um sistema de previdência privada bem regulado e administrado, além de nível elevado de contribuições.

Holanda e Dinamarca ocuparam segundo e terceiro lugares, respectivamente.

A Islândia está "muito bem preparada para a bomba-relógio que vemos em todos os lugares: o envelhecimento", avalia van Meerten.

"Tem uma combinação única de previdência pública e privada que evita em grande medida a pobreza na velhice para trabalhadores e não trabalhadores."

Getty
Sistema previdenciário da Islândia

Três pilares: um sistema público, um sistema de contribuição laboral e outro voluntário.

  • 15,5%Alíquota mais recorrente no sistema de contribuição laboral

  • 11,5%de contribuição das empresas

  • 4%de contribuição dos trabalhadores

Fonte: OCDE

Como funciona o sistema

De forma resumida, o sistema opera sob três pilares: um sistema público de previdência financiado pelo Estado, outro para o qual contribuem os trabalhadores e empregadores e um sistema voluntário de previdência privada.

O sistema público, financiado com impostos, tem duas modalidades: uma básica, que inclui toda a população, exceto aqueles com maior renda, e uma complementar, que também tem limites em relação à renda pessoal.

O segundo pilar, o laboral, bancado com as contribuições previdenciárias de trabalhadores e empresas, prevê contribuição mínima de 12% sobre o salário, sendo 4% pagos pelos empregados e 8% pelos empregadores.

Devido à atuação dos sindicatos trabalhistas, contudo, a contribuição mais recorrente é um pouco maior, de 15,5%, com alíquota de 11,5% para as empresas e os mesmos 4% para trabalhadores.

A lei estabelece que, para quem contribuiu ao longo de 40 anos, o valor da aposentadoria deve ser de, no mínimo, 56% do rendimento médio obtido nos anos de trabalho, com o benefício pago de forma vitalícia, conforme os dados da Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE).

O valor final depende do desempenho financeiro dos fundos - pelas regras, entretanto, o rendimento das aplicações deve, no mínimo, estar atrelada ao índice de inflação.

Os trabalhadores do setor privado podem se aposentar aos 67 anos e os do setor público, aos 65. A maioria dos islandeses, contudo, continua no mercado de trabalho mesmo depois da idade limite para tentar alcançar valores melhores de benefícios.

Getty
Aposentadorias na Islândia

No sistema obrigatório de contribuição laboral

  • 56%do salário médio é o valor mínimo que o contribuinte que trabalhou por 40 recebe como benefício.

Fonte: OCDE

Proteger-se de grandes riscos

Com apenas 370 mil habitantes e uma economia fortemente dependente do turismo, a Islândia não ficou imune às flutuações dos ciclos econômicos globais.

A crise financeira de 2008, por exemplo, paralisou seu imenso setor bancário, quase varreu o mercado nacional de ações e fez com que o sistema previdenciário perdesse mais de 20% de seus recursos.

Por conta disso, o país decidiu ser mais cauteloso e se proteger contra uma onda de riscos financeiros internacionais.

Passada mais de uma década, entretanto, muitos fundos de investimento estão se aproximando do limite de aplicação em ativos no exterior, e têm se multiplicado os pedidos para que os limites legais de investimento sejam flexibilizados.

A Icelandic Pension Fund Association, associação que representa as entidades financeiras, defende a eliminação total do limite de investimento ou, alternativamente, o estabelecimento de um teto de 60% a 65%.

Casal de islandeses com cachorro posa em frente a um lago

CRÉDITO,GETTY IMAGES

Legenda da foto,

Sistema previdenciário islandês é considerado o melhor do mundo

Há um intenso debate em torno do tema, já que, quanto maior a exposição ao mercado internacional, maior o risco de o país sentir os efeitos e de uma eventual nova crise.

Nesse sentido, as autoridades têm repetido que qualquer aumento da internacionalização dos fundos de previdência deve ser feito de forma gradativa e em linha com a evolução da economia doméstica.

Os críticos da proposta argumentam que uma grande mudança pode desestabilizar a moeda local em um momento em que a Islândia enfrenta uma contração no setor de turismo devido à pandemia de covid-19.

No auge da crise sanitária em 2020, o Banco Central islandês chegou a assinar um acordo com fundos de pensão para que suspendessem os investimentos no exterior por seis meses justamente com o objetivo de proteger o câmbio.

domingo, 28 de novembro de 2021

O 'tsunami' de ondas gravitacionais que pode mudar o que sabemos do Universo





Uma investigação global descobriu um número recorde de ondas gravitacionais, um fenômeno que Einstein previu, mas nunca pensou que poderia ser detectado.

Por Carlos Serrano, BBC

 


As ondas gravitacionais surgem após a colisão violenta entre dois objetos massivos, como buracos negros — Foto: Getty Images via BBC

As ondas gravitacionais surgem após a colisão violenta entre dois objetos massivos, como buracos negros — Foto: Getty Images via BBC

Um fenômeno que Einstein previu há mais de 100 anos e que foi observado pela primeira vez em 2015 agora bate um novo recorde.

Trata-se das ondas gravitacionais, ondulações na estrutura do espaço-tempo que ocorrem quando dois objetos hipermassivos, como buracos negros, colidem violentamente.

Uma pesquisa recente feita por centenas de cientistas dos observatórios Ligo, nos Estados Unidos, Virgo, na Itália, e Kagra, no Japão, afirma ter detectado o maior número de ondas gravitacionais até hoje.

Essa descoberta pode ajudar a resolver alguns dos quebra-cabeças mais complexos do universo, incluindo os componentes fundamentais da matéria e o funcionamento do espaço e do tempo.

"Esta é realmente uma nova era para a detecção de ondas gravitacionais", disse em comunicado Susan Scott, pesquisadora do Centro de Astrofísica Gravitacional da Universidade Nacional da Austrália e uma das autoras do estudo.

"É um grande avanço em nossa busca para descobrir os segredos da evolução do universo", disse a especialista.

A publicação com os resultados das observações ainda está sob revisão, mas, com este anúncio, o "futuro da colaboração Ligo-Virgo-Kagra é muito promissor", disse à BBC News Mundo Eduard Larrañaga, físico teórico e professor do Observatório Nacional, na Colômbia, que não participou do estudo.

Um tsunami de ondas gravitacionais

Ilustração da fusão entre uma estrela de nêutrons e um buraco negro gerando uma onda gravitacional — Foto: Carl Knox, Ozgrav-Swinburne University/Ligo (via BBC)

Ilustração da fusão entre uma estrela de nêutrons e um buraco negro gerando uma onda gravitacional — Foto: Carl Knox, Ozgrav-Swinburne University/Ligo (via BBC)

O trabalho colaborativo Ligo-Virgo-Kagra detectou 35 novas ondas gravitacionais entre novembro de 2019 e março de 2020.

Essa quantidade é mais de 10 vezes o número de ondas gravitacionais que o Ligo-Virgo detectou em sua primeira rodada de observações, que ocorreu ao longo de quatro meses, entre 2015 e 2016.

É "um tsunami", diz Scott.

Das 35 ondas detectadas, 32 são o resultado de colisões entre buracos negros em fusão e três correspondem a colisões entre estrelas de nêutrons e buracos negros.

Essas colisões monumentais ocorreram, em sua maioria, a bilhões de anos-luz de distância, gerando ondulações através do espaço-tempo.

Com essa descoberta, já existem 90 ondas gravitacionais detectadas entre 2015 e 2020.

O que são ondas gravitacionais?

Ondas gravitacionais distorcem o espaço-tempo — Foto: Getty Images via BBC

Ondas gravitacionais distorcem o espaço-tempo — Foto: Getty Images via BBC

Quando os objetos cósmicos se movem ou colidem, eles criam uma ondulação na estrutura do espaço-tempo, que se espalha como uma onda na água do lago. Este fenômeno é denominado onda gravitacional.

As ondas gravitacionais estendem o espaço-tempo em uma direção e o comprimem em outra.

Albert Einstein teoricamente previu a existência de ondas gravitacionais, como parte de sua teoria da relatividade geral, em 1916.

Einstein calculou que, ao chegar à Terra, essas ondas seriam tão fracas que nunca poderiam ser detectadas.

As ondas gravitacionais nos permitem ter uma visão mais ampla do universo, pois não limitam as observações a objetos que emitem luz ou partículas, mas nos permitem detectar objetos a partir das perturbações que geram no espaço-tempo.

Diversidade

Este novo catálogo de ondas gravitacionais é a chave para entender a natureza dos buracos negros e a evolução das estrelas.

"Apenas agora estamos começando a apreciar a maravilhosa diversidade de buracos negros e estrelas de nêutrons", disse, em comunicado, Christopher Berry, astrônomo do Instituto de Pesquisa Gravitacional da Universidade de Glasgow.

As observações, por exemplo, mostraram que as ondas gravitacionais eram o resultado da fusão de raios negros que juntos alcançavam uma massa mais de cem vezes maior que a do Sol, enquanto outros não chegavam a ser 20 vezes maior.

Scott, por sua vez, argumenta que observar a massa e o giro dos buracos negros que se fundem nos permite ver como esses sistemas binários surgem.

Sensibilidade

Observatório Virgo, em formato de L, na Itália — Foto: The Virgo Collaboration (via BBC)

Observatório Virgo, em formato de L, na Itália — Foto: The Virgo Collaboration (via BBC)

O registro da Ligo-Virgo-Kagra foi possibilitado pelo avanço da ciência e da tecnologia na detecção de ondas gravitacionais.

Os detectores de ondas gravitacionais funcionam com lasers de alta potência que medem com alta precisão o tempo que a luz leva para viajar entre dois braços em forma de L.

Quando uma onda gravitacional atinge a Terra, ela comprime o espaço-tempo em uma direção e o estica na outra, interrompendo o caminho dos lasers.

Detectores como o Ligo (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory, ou Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser, em tradução livre) são capazes de detectar esses distúrbios que ocorrem em escalas subatômicas.

Desde 2015, esses instrumentos se tornaram mais sensíveis, permitindo que mais ondas sejam detectadas.

Segundo Scott, o aumento da sensibilidade dos detectores ao longo do tempo permitirá a identificação de novas fontes de ondas gravitacionais, algumas das quais inesperadas.

Uma dessas fontes poderia ser, por exemplo, a radiação gravitacional gerada pelo próprio Big Bang.